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Conheça a história de Antônio Souza, o empreendedor social que emocionou o Padre Antônio Maria

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Boas histórias têm o poder de conectar pessoas com o mesmo propósito. E foi exatamente isso que aconteceu durante a recente passagem do querido Padre Antonio Maria pela cidade de Araripina, em Pernambuco , para encerrar a festa em comemoração ao centenário da Paróquia Imaculada Conceição.

O Padre Antônio Maria, muito querido pelos fiéis e por famosos, como o Rei Roberto Carlos, se emocionou ao conhecer a história do empreendedor social e empresário cearense Antônio de Souza.

A emoção foi tamanha que o Padre vai usar o que ouviu de Antônio Souza em seu repertório motivacional nos shows pelo Brasil, onde ele é autorizado por Roberto a cantar as músicas do mesmo.

Afinal, quem é Antônio de Souza?

Devoto de São Francisco de Assis, Antônio de Souza conseguiu superar uma infância de pobreza, problemas de saúde, além da perda dos pais. Chegou à Araripina há pouco mais de 40 anos e nesse tempo desenvolve um trabalho social à frente da Fundação que leva seu nome, além de estar à frente da CAB Motors, empresa em plena expansão no mercado automotivo brasileiro.

Para selar essa parceria e estreitar ainda mais os laços, Antônio Souza e família foram convidados a conhecer o Santuário Nossa Senhora do Caminho, no interior de São Paulo, obra fundada e mantida pelas obras do Padre Antônio Maria.

O empresário cearense Antonio Souza, 49
Um Araripina, no Sertão pernambucano, para fincar raízes. Quem o vê, hoje, à frente do bem-sucedido grupo Ferreira Souza não imagina a dureza que foi sua trajetória para chegar até aqui.

Antonio tem uma história de vida surpreendente, que foi retratada em um curta-metragem lançado em 2018 e disponível em sua página oficial no Facebook. “Costumo dizer que sou uma prova viva de que Deus existe”, afirma.

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De infância pobre, nasceu em 1970, em um pequeno sítio em Varjota, Sertão do Ceará. Filho de um agricultor, Zé Caboclo, e de uma dona de casa, Dorina, dividia uma minúscula casa de taipa e um chão de terra batida com dez irmãos.

A seca prejudicava a família na hora da colheita, fazendo-os passar por apuros. “Era um tempo de muito sofrimento. Faltava muita coisa”, conta Antonio. A mãe dele passou a ter problemas mentais no resguardo de um dos filhos: “Quando eu me entendi por gente, conheci minha mãe com problema mental. Quem cuidava da gente era minha irmã mais velha, Maria da Paz, de apenas oito anos.”

Além da carência, Antonio sofreu um acidente aos três anos, quando caiu e bateu com a cabeça na cama e o resto do corpo na parede. Isso fez com que passasse pelo menos seis meses assustado e gritando de tanta dor. Assim, passou a ter dificuldades para andar.

O pai, devoto de São Francisco, fez uma promessa para que o filho sobrevivesse e o inchaço das pernas passasse. Aos 10 anos, enquanto acompanhava o irmão numa caçada, outro acidente: com a espingarda, o irmão escorregou num declive e atingiu Antonio com um disparo em uma das pernas.

Antonio passou por cirurgia para retirada dos estilhaços da bala alojada na perna. Deste fato, surgiu uma esperança: o médico informou a Zé Caboclo que a claudicação do filho tinha jeito. O tratamento, contudo, era na capital cearense.

Os custos para deslocamento eram um entrave e Antonio Souza saiu pedindo ajuda de casa em casa até que conseguiu reunir a quantia. Enquanto esteve em Fortaleza, trabalhou como jardineiro e estudava à noite.

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Em 1982, Antonio se mudou para Araripina, em Pernambuco, onde passou a morar com os tios. “Eu tive pena dele porque eu sabia que ele tinha saído de casa e estava sofrendo. Disse: ‘Fique, meu filho. Você está em casa’. Cuidei dele, lavando as roupinhas”, revelou a tia Raimunda, casada com João.

Para se manter na Capital do Gesso, Antonio Souza trabalhou na roça, com colheita de mandioca. “Ele sempre foi inteligente e dizia que ia procurar outro meio porque a roça não dava”, revela o tio João. Aos 13 anos de idade, Antonio recebeu a triste notícia de que o pai foi assassinado em uma emboscada.

Na tentativa de melhorar de vida, Antonio foi novamente para a cidade grande, aprendeu a datilografar, fez cursos de eletrônica e começou a instalar antenas de televisão. “Eu acho que instalei mais de mil antenas parabólicas. Passava a madrugada fazendo isso”, lembra.

Na capital, tentou outros meios de subsistência, com a fabricação de bolos e picolés. “Meu irmão tinha uma pequena fábrica de bolos no Ceará e começou a ganhar dinheiro com isso. Eu achei que poderia tentar uma nova atividade. Utilizei o mesmo método dele e como chove muito na capital, é úmido, os bolos mofavam mais do que vendiam, aí não deu certo. Na fábrica de picolé, ganhei uma bela sinusite. No verão, fabricava 5 mil e no inverno, a produção caía para 200”, recorda em tom humorado.

Fonte: TOP FAMOSOS

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Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto

Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

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Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.

Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.

Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.

Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.

Ali, o tempo parecia suspenso.

Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.

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“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.

Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.

Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.

Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.

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Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.

Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.

“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.

Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

 

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!

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