Política
Reestruturação de carreiras e melhorias salariais para servidores de saúde são reivindicadas em audiência
Reestruturação e melhorias do plano de carreira, isonomia de tratamento entre os servidores e correção salarial. Essas foram as principais demandas apresentadas nesta quinta-feira (10/8/23), em audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, cuja finalidade foi debater a necessidade de valorização dos servidores da rede estadual de saúde.
Os baixos salários dos funcionários foi uma das recorrentes queixas. De acordo com a deputada Lohanna, uma das autoras do requerimento para a reunião, estudos do Sind-Saúde apontam que mais de 300 servidores da Secretaria de Estado de Saúde recebem menos que um salário-mínimo.
A secretária Executiva da Mesa Estadual de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde (SUS), Núbia Roberta Dias, informou que cerca de 68% dos servidores do sistema já têm idade para se aposentar ou já deveriam estar inativos, mas não o fazem porque para a maioria os adicionais e gratificações ultrapassam o valor do salário-base. Ao se aposentarem, eles perdem esses acréscimos.
O deputado Doutor Jean Freire (PT) deu o exemplo de motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que ganham R$ 1,6 mil mensais. O parlamentar, que é médico, explicou que esses profissionais não apenas dirigem os carros, mas, também, ajudam a organizar a ambulância e ajudar os socorristas a carregar o paciente. “É um absurdo”, indignou-se sobre a remuneração.
Doutor Jean Freire defendeu a união de deputados em uma bancada em favor da saúde. Segundo ele a sociedade não sabe que o serviço vai além de médicos e enfermeiros de hospital. “Poucos pensam no porteiro, na recepcionista, em quem faz a limpeza ou trabalha no setor administrativo e em serviços burocráticos”, lamentou ao lembrar que o serviço de saúde depende de uma rede mais ampla de trabalhos.
Privatização disfarçada
Núbia Dias reclamou que a falta de uma política pública de valorização do servidor da saúde é antiga e ao longo dos anos a carreira não foi readequada e os salários defasados. Ela reclamou ainda da falta de isonomia no tratamento entre servidores efetivos de funções similares e com os terceirizados.
Os 6,5 mil funcionários do Samu não são concursados e, sim, contratados, pelos consórcios municipais que fazem a gestão do serviço. Isso gera discrepâncias salarias e falta de garantias e direitos assegurados pelo serviço público.
Diretora Financeira do Sindicato dos Médicos de Minas, a médica Ariete Domingues de Araújo, chamou a atenção de serviços médicos passados a Organizações Sociais que colaboram para o sucateamento do serviço e precarização do vínculo empregatício. Segundo ela, os médicos passam a ser pessoa jurídica, perdem salário e segurança. A médica reclamou, ainda, que há desvio de verbas públicas e queda de qualidade dos serviços.
Para o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental Paulo Klias, a transferência da gestão dos serviços de saúde pela terceirização é uma tática de disfarçar a privatização. “Uma política tão fundamental não pode ser tocada pelo interesse do capital privado que é basicamente o lucro”, critica
Yuri de Aguiar Moura, especialista em Políticas e Gestão da Saúde da Secretaria de Estado de Saúde admitiu que as carreiras da categoria foi pouco atualizada nos últimos 20 anos, proporcionando inadequações e gargalos atuais. O servidor afirmou que um plano de revisão já foi encaminhado para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) com sugestões de regulamentação e unificação das carreiras para tentar corrigir as distorções.
Sem resposta para revisão
Representante do Executivo na audiência pública, a assessora chefe de Relações Públicas da Seplag, Helga Beatriz Gonçalves de Almeida, reafirmou que a secretaria já recebeu propostas de reestruturação das carreiras, mas justificou que as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impedem a implementação das melhorias. “O Governo do Estado tem se esforçado no sentido de avaliar e prover esse equilíbrio no fluxo de caixa para continuar recompondo as perdas inflacionárias a cada exercício”.
A justificativa não agradou à deputada Lohanna. Para a parlamentar o governador sempre apresenta as dificuldades financeiras como desculpas para não atender as demandas dos servidores, mas abre mão de receitas como a repassada pela União pelo ICMS da educação.
Ela também lembrou que o governador aumentou em 300% o próprio salário e os dos secretários, além de abrir mão de cerca de R$ 1 bilhão, em isenções fiscais para locadoras de automóveis. “Esse argumento não para em pé”, alfinetou.
Fonte: Assembleia Legislativa de MG
Política
Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.
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