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Minas Gerais

Governo de Minas conclui obra aguardada pelos mineiros há 40 anos na rodovia LMG-760

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O Governo de Minas, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), entregou, nesta quinta-feira (17/8), as obras de pavimentação da LMG-760. A melhoria do trecho, de aproximadamente 50 quilômetros, era aguardada pela população local há cerca de 40 anos.

As intervenções fazem parte do Provias, programa do Governo de Minas que é o maior pacote de obras rodoviárias da última década. Mais de 216 mil pessoas serão beneficiadas, com investimento da ordem de R$ 207 milhões.

A cerimônia de entrega das obras da rodovia foi realizada no entroncamento com a MG-320, no município de São José do Goiabal. O evento contou com a presença do governador Romeu Zema, do vice-governador Professor Mateus, do secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Bruno, e de outras autoridades.

“É um prazer estar em São José do Goiabal neste momento tão importante, não só para a região, como para Minas Gerais, já que estamos entregando aqui a maior obra do meu governo. Um investimento de mais de R$ 200 milhões em uma melhoria que vai trazer desenvolvimento, gerar investimentos e empregos em toda a região, já que ela conecta o Vale do Aço à Zona da Mata”, enfatizou o governador.

Neste momento, o Governo de Minas tem 52 obras sendo realizadas em todo o estado.

“É nisso que acreditamos: em um governo sério, com gente competente e que olha para o futuro. Um governo que preza pela gestão. Porque onde tem gestão, tem realização. E vamos fazer muito ainda por Minas Gerais”, acrescentou Romeu Zema.

Na sequência, o vice-governador Professor Mateus ressaltou as melhorias na gestão do Estado que impactam de maneira positiva na vida do cidadão.

“É um orgulho estar aqui hoje, pois essa obra, especificamente, já teve três grandes inaugurações de papel. No passado, houve almoço, festa, churrasco. Mas o nosso jeito é um pouco diferente. Estamos aqui, neste momento, entregando a obra realizada, tirando fotos com asfalto do lado e não com papel assinado, porque é assim que a gente muda a vida das pessoas: garantindo que as obras aconteçam”, afirmou.

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Mais desenvolvimento

Cristiano Machado / Imprensa MG

Somadas, as recuperações funcionais da LMG-760 e da MG-320 vão encurtar o caminho entre o Vale do Aço e a Zona da Mata Mineira, uma vez que vai conectar essas regiões à BR-381 e à BR-262, duas importantes rodovias federais que também serão desafogadas com as melhorias.

Para o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Bruno, a conclusão da rodovia vai reforçar, ainda, o desenvolvimento econômico da região.

“Esta conexão vai reforçar o nosso desenvolvimento econômico, além de melhorar a visitação ao nosso Parque do Rio Doce, que ainda é tão desconhecido por nós mineiros”, disse.

O secretário acrescentou, também, que novas melhorias estão sendo realizadas em Minas Gerais.

“O nosso desafio é grande, pois temos a maior malha viária do país, mas seguimos animados e otimistas. De um ano para cá, já são 38 obras concluídas por meio do Provias. E temos mais 30 obras para dar ordem de início, ainda em 2023. Então, há muitas obras acontecendo, e isso é perceptível. Esse é um compromisso nosso, uma determinação do governador, e vamos avançar com essa pauta tão relevante para o nosso estado”, acrescentou.

A nova LMG-760 vai melhorar, por exemplo, a vida de Antônio Henrique Cunha, de 47 anos, o ex-caminhoneiro que agora é comerciante na cidade de São José do Goiabal. Experiente condutor, ele passou por diversas vezes pela antiga estrada e enfrentou dificuldades por muito tempo no trecho.

“Sou nascido e criado aqui na cidade e, desde que me entendo por gente, eu estou esperando esse asfalto aqui. Antes, era terra pura e muito buraco. Quando chovia, então, dava um barro que atolava os carros e não dava para passar. Fui caminhoneiro por 15 anos e já fiquei com o caminhão quebrado por causa da estrada ruim. Já sofri muito nesse pedacinho aqui até o Vale do Aço”, lembrou.

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“Agora, ficou ótimo. E uma estrada boa traz muitos benefícios: o transporte fica melhor e o deslocamento mais rápido caso precise ir a algum hospital ou fazer alguma logística”, complementou Antônio Henrique.

Cristiano Machado / Imprensa MG

Obra aguardada

As intervenções na LMG-760 eram reivindicadas há cerca de 40 anos pela população local e, agora, vai beneficiar não apenas o turismo, mas toda a cadeia produtiva da região. Antes da conclusão, apenas oito quilômetros eram asfaltados.

Hernane José Bittencourt é morador da cidade de Timóteo e, em 1985, fundou o movimento ‘Asfalta MG-760’. Desde então, são 38 anos de luta para que a rodovia fosse pavimentada.

“Nesse tempo, vimos quatro assinaturas de ordem de serviço, cinco eventos de início de obra, mas só hoje a via está pronta. E isso se dá por conta de uma boa gestão, que age com responsabilidade e compromisso. É a realização de um sonho”, enfatizou.

Turismo

A pavimentação da rodovia vai ampliar a circulação de produtos e serviços entre duas importantes regiões do estado, além de beneficiar diretamente um dos mais importantes patrimônios naturais do Vale do Aço: o Parque Estadual do Rio Doce.

Ao facilitar o acesso aos atrativos naturais da Bacia do Rio Doce, o turismo na região, por sua vez, vai impulsionar a economia local. A estimativa é que ocorra aumento de pelo menos 50% na visitação ao parque que, atualmente, recebe cerca de 15 mil visitantes por ano.

MG-320

Nas intervenções que já estão em andamento na MG-320, também na região, a pista de rolamento passará a ter sete metros de largura. Além da faixa mais larga, serão implantados acostamentos com dimensão de 1,5 metro e dispositivos de drenagem redimensionados.

Nos seis quilômetros de obras da MG-320, será realizada a recuperação funcional da pista existente, o que consiste em devolver à rodovia seu estado original, além de pintura da sinalização horizontal, implantação de tachas refletivas no eixo e bordos, além da revisão da sinalização vertical, com colocação de novas placas e o restabelecimento dos dispositivos de drenagem.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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