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Rural

Comercialização da safra brasileira já supera 80% da produção

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Levantamento realizado pela empresa Datagro Grãos revela que, até o dia 1º de setembro, a comercialização da safra 2022/23 de soja no Brasil atingiu 80,7% da produção esperada.

Esse número está abaixo dos 84,2% registrados no mesmo período do ano anterior e dos 88,8% da média dos últimos cinco anos. Apesar disso, houve um avanço mensal de 6,8 pontos percentuais, indicando um fluxo de comercialização em linha com as expectativas da Datagro Grãos.

Esse avanço na comercialização é atribuído principalmente a preços melhores, à necessidade de pagamento e, em alguns casos, à abertura de espaço para o milho de inverno. No entanto, o atraso em relação à média plurianual deve-se a vários fatores, como os preços em declínio ao longo da temporada, os custos de produção elevados, a incerteza quanto ao padrão climático devido ao La Niña e as incertezas políticas e econômicas com o início do novo governo.

Considerando a estimativa de produção de 157,07 milhões de toneladas, os produtores brasileiros já negociaram 126,78 milhões de toneladas de soja até a data analisada. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, esse volume é maior em termos relativos, mas menor em termos absolutos.

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Quanto à safra 2023/24, as negociações também mostraram um bom avanço, atingindo 18,1% da expectativa de produção compromissada. Isso representa um aumento mensal de 4,0 pontos percentuais, superando os números do ano passado e da média plurianual. No entanto, o ritmo ainda está abaixo dos recordes recentes.

Em relação ao milho, a comercialização da safra de verão 2022/23 na região do Centro-Sul do Brasil avançou mais do que o normal para o período. As vendas chegaram a 72,4% da produção esperada, impulsionadas pelo avanço da colheita de inverno e pelas limitações na estrutura de armazenagem na região central do país. Com uma previsão de safra de 20,2 milhões de toneladas, os produtores já comercializaram 14,6 milhões de toneladas.

A comercialização da safra de inverno 2023 também avançou, chegando a 51,7% da produção estimada de 95,8 milhões de toneladas. Isso indica um bom ritmo de negociação, embora ainda abaixo dos níveis de anos anteriores e da média plurianual.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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