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Ensino em tempo integral preocupa alunos e professores de escola em BH

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A possibilidade de implantação do ensino médio em tempo integral preocupa alunos e professores da Escola Estadual Augusto de Lima, em Belo Horizonte. Em visita à instituição realizada nesta quinta-feira (14/9/23), deputadas da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ouviram críticas da comunidade escolar à proposta do governo para o próximo ano letivo.

Fundada em 1946, a Escola Augusto de Lima tem cerca de 600 alunos, distribuídos em classes do ensino médio e dos últimos anos do ensino fundamental. Na semana passada, a Secretaria de Estado de Educação apresentou o plano de atendimento da instituição para o ano letivo de 2024, que prevê a oferta de ensino médio em tempo integral com formação técnica em química, informática e logística.

O problema é que as instalações da escola não comportariam essa mudança curricular, na avaliação de estudantes e professores. A instituição tem apenas dois banheiros para alunos, uma quadra pequena, biblioteca e laboratórios de química e de informática.

O professor de química Fernando Henriques contou que o laboratório, reformado no ano passado, atende às necessidades do ensino fundamental, com a realização de experimentos simples, utilizando produtos como água, açúcar e óleo.

Para o funcionamento de um curso técnico, seria necessário adquirir reagentes, substituir a pia de metal e adquirir vidrarias e equipamentos como a capela, para exaustão de gases dos experimentos. “A escola não tem infraestrutura para montar um curso técnico neste momento”, afirmou.

O temor dos estudantes é quanto à impossibilidade de compatibilizar o ensino médio em tempo integral com outras atividades fora das aulas. Muitos deles trabalham ou atuam como atletas nos clubes desportivos da região.

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“Muitos alunos precisam ter uma renda extra para ajudar seus pais. Tem colega que já trabalha e teria que deixar a escola”, afirmou Iohana Gonçalves, que está no 3º ano do ensino fundamental. Ela reclamou que a decisão de implantar o ensino médio em tempo integral não foi discutida com a comunidade escolar. “Para nós, isso é desesperador”, disse.

A socióloga Mariana Gonçalves Moreira, mãe de um aluno que vai iniciar o ensino médio no próximo ano, também está preocupada com as aulas em tempo integral. “As famílias não foram consultadas sobre essa mudança e a escola não teve tempo hábil para se preparar para isso”, afirmou.

Ela ainda lembrou que a insegurança quanto ao futuro da escola pode prejudicar a formação dos alunos e o seu desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Nada vai apagar o sofrimento que esses meninos estão tendo”, lamentou.

Para o diretor em exercício da escola, Álvaro Mota Homem de Faria, a obrigatoriedade de permanecer na escola durante todo o dia, como propõe a Secretaria de Estado de Educação, vai levar à evasão escolar. “Se isso for aprovado, a escola vai ficar com menos de 100 alunos”, avaliou.

Segundo o diretor em exercício, para a implantação do novo ensino médio, será necessário encerrar as turmas de ensino fundamental, que funcionam em tempo integral. O prazo para alterar o plano de atendimento da Escola Augusto de Lima em 2024 termina nesta sexta-feira (15). Ele espera que a Secretaria de Educação reveja sua decisão, de modo a evitar o fechamento dessas turmas.

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Deputadas defendem diálogo com a comunidade escolar

A presidenta da Comissão de Educação, deputada Beatriz Cerqueira (PT), que solicitou a realização da visita, destacou que a Escola Augusto de Lima não tem condições de implantar as turmas de ensino médio profissionalizante em tempo integral e criticou a decisão do Governo do Estado. “É um completo desconhecimento da realidade”, afirmou.

Citação

A deputada defendeu que sejam feitos investimentos para melhorar a infraestrutura da escola. E disse que, se o governo insistir com a proposta de alteração no ensino médio, vai realizar uma audiência pública, para demonstrar aos gestores estaduais que a proposta seria inviável.

A deputada Lohanna (PV) também criticou a decisão do Governo do Estado. “Não faz sentido impor para a escola um modelo que não funciona na realidade”, afirmou. Ela propôs que o relatório da visita seja encaminhado ao Ministério da Educação, que discute alterações para corrigir problemas na reforma do ensino médio.

A deputada Macaé Evaristo (PT) lembrou que os jovens têm outros interesses além do ensino médio em tempo integral e defendeu que a comunidade escolar precisa ser envolvida no debate sobre o futuro da escola.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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