Política
Educadores acusam governo de forçar municipalização do ensino fundamental
O governo estadual estaria usando o Plano de Atendimento Escolar (PAE) para extinguir as vagas do ensino fundamental estadual sem fazer consulta ao Legislativo. Essa foi a hipótese levantada por participantes de audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada na manhã desta quarta-feira (21/9/23).
Em sua apresentação, o economista e coordenador técnico do Dieese do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), Diego Severino Rossi de Oliveira, afirmou que a Resolução da Secretaria de Estado da Educação (SEE/MG) 4.869, de 2023, deixa claro em seu texto que a prioridade de ofertas de vagas no ensino fundamental deve ser na rede municipal.
Lançada em julho deste ano pelo Governo do Estado, a Resolução 4.869 estabelece normas e diretrizes para a elaboração do PAE. De acordo com Diego de Oliveira, o documento é coerente com a visão do atual governo de que o ensino fundamental não deva ser ofertado pelo Estado.
“Desde 2021, o Governo do Estado já está nessa ofensiva por meio do projeto Mãos Dadas. Poucos municípios aderiram, das 450 cidades que podem aderir, apenas 180 o fizeram, há resistência em várias câmaras municipais. Por isso, a alternativa foi usar o PAE para fazer essa descentralização do ensino fundamental.”
O especialista apresentou gráfico demonstrando as quedas, desde 2016, de matrículas nas diversas modalidades de ensino promovidas pelo Estado, com o único avanço sendo no ensino médio, que é prioridade do governo.
Governo rebate ideia de fim da oferta do ensino fundamental pelo Estado
Superintendente de Organização Escolar e Informações Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Simone Aparecida Emerick negou que o Plano de Atendimento Escolar propõe o fechamento da oferta do ensino fundamental pela rede estadual.
“Garantimos a oferta das vagas. No censo escolar podem ser verificadas as vagas ofertadas e a evolução das matrículas nas quatro redes de ensino. O Plano de Atendimento tem como objetivo a organização do atendimento aos estudantes”.
O subsecretário de Articulação Educacional da Secretaria de Estado de Educação, Gustavo Lopes Pedroso, reforçou que todos os estudantes serão atendidos porque as projeções para os anos seguintes são feitas em parceria com as escolas.
“Se o estudante hoje está no primeiro ano, no ano seguinte o atendimento dele está garantido no segundo ano. E temos o processo de busca ativa para aqueles que evadiram da escola. O plano não tem nada de inédito. Análises são feitas e conseguimos fazer a projeção das vagas em consonância com a enturmação da rede estadual. É a transformação da nossa sociedade que está impactando as demandas por vagas. E reforço que não existe número mínimo para atendimento dos nossos estudantes, onde houver um estudante precisando, atenderemos”, enfatizou.
Municipalização já estaria acontecendo na prática
Presidente da comissão e requerente para a realização da reunião, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) chamou o PAE de “Plano B do governo”, já que o Mãos Dadas fracassou. Ela afirmou que a municipalização por meio do PAE seria uma ilegalidade, tendo em vista que a descentralização das matrículas precisa de autorização dos legislativos municipais, conforme previsto na Lei 12.768, de 1998.
“O Ministério Público tinha de estar presente aqui hoje para proteger o interesse de nossas crianças. De acordo com o PAE, o Estado abriria mão de quase 90 mil vagas, a partir do ano que vem, 137 mil postos de trabalho fechados. E é importante apontar que o plano prevê a coabitação, o que só demonstra que os municípios não têm estrutura para receber as matrículas”, ressaltou.
Presidente da Associação Mineira de Inspetores Escolares (Amie), Geovanna Passos Duarte citou o caso de Betim (RMBH), que aderiu ao Mãos Dadas, mas as escolas municipais estão coabitando com as estaduais, pois não há escolas suficientes para atender a demanda. “E o Plano de Atendimento diz que a partir de 2024 as escolas têm de ‘andar com as próprias pernas’. Mas isso será possível?”, questionou.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), Denise de Paula Romano, a municipalização já está acontecendo, com o Estado propositalmente extinguindo vagas no ensino fundamental.
Fonte: Assembleia Legislativa de MG
Política
Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.
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