Tribunal de Contas
Tribunal de Contas suspende processo de compra do IEF
A Segunda Câmara do Tribunal de Contas mineiro, na sessão dessa terça-feira (4), confirmou a decisão do conselheiro Wanderley Ávila de suspender o edital de tomada de preços n. 039/2022, processo de compra nº 2101003, promovido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O objetivo do procedimento é contratar consultoria de pessoa jurídica para rever o plano de manejo do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) e elaborar planos de manejo da Estação Ecológica Estadual Água Limpa (EEEAL) e da Estação Ecológica Estadual Mar de Espanha (EEEME) no Estado de Minas Gerais.
A decisão do TCE se baseou na denúncia, autuada sob o número 1153224, e nos apontamentos do órgão técnico, tendo concluído por indícios de irregularidades:
– a desproporcionalidade na distribuição de pesos para proposta técnica e de preço;
– os critérios exigidos para proposta técnica que se confundem com requisitos de habilitação e
– a vedação da participação de empresas suspensas para licitar e contratar com a Administração.
Dessa forma, entendendo presentes o fumus boni iuris (fumaça do bom direito) e a necessidade de intervenção urgente no processo, a bem da Administração Pública, além de suspender a tomada de preços na fase em que se encontra, o Tribunal intimou a diretora-geral, Maria Amélia de Coni e Moura Mattos Lins, e o diretor de Unidades de Conservação do IEF, Breno Esteves Lamar, para que não pratiquem qualquer ato que venha efetivar as contratações, sob pena de multa pessoal no valor de R$ 5.000,00, conforme Lei Complementar n. 102/2008.
Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.