Rural
Brasil exportou quase 4 milhões de toneladas de carne de frango em 9 meses de 2023
As exportações brasileiras de carne de frango, incluindo produtos in natura e processados, alcançaram 3,905 milhões de toneladas nos primeiros nove meses deste ano, representando um aumento de 6,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou 3,666 milhões de toneladas.
A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que aponta ainda um crescimento de 2,8%, com um total de US$ 7,578 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, em comparação com os US$ 7,373 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
No que diz respeito ao mês de setembro, as exportações de carne de frango atingiram 397,1 mil toneladas, o que representa uma ligeira redução de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram exportadas 400 mil toneladas. A receita total de setembro deste ano atingiu US$ 719,3 milhões, uma queda de 13,3% em comparação com o nono mês de 2022, que registrou US$ 830,1 milhões em receita.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, acredita que, mantidos os níveis atuais, impulsionados pelas vendas para diversos destinos, as exportações de carne de frango de 2023 poderão superar a marca de 5 milhões de toneladas.
Destacando os principais destinos das exportações em setembro, a China liderou com 57,1 mil toneladas, um aumento de 41,6% em relação ao mesmo mês de 2022. Outros destaques incluem os Emirados Árabes Unidos, com 35,2 mil toneladas (+19,8%), África do Sul, com 20,6 mil toneladas (+9,5%), Coreia do Sul, com 19,4 mil toneladas (+30,7%) e México, com 15,2 mil toneladas (+38,5%).
Em termos regionais, o Paraná continua sendo o principal exportador de carne de frango do Brasil, com 163,4 mil toneladas exportadas em setembro, um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2022. Santa Catarina ficou em segundo lugar, com 85,8 mil toneladas (+6,2%), seguido pelo Rio Grande do Sul, com 56,2 mil toneladas (-19,26%), São Paulo, com 21,5 mil toneladas (-12,6%), e Goiás, com 18,9 mil toneladas (+23%).
Luís Rua, diretor de mercados da ABPA, destaca que a ampla rede de exportações de carne de frango do Brasil foi um dos fatores distintivos nas vendas deste mês, com aumentos significativos nas exportações para a China, México e nações islâmicas, incluindo o Iraque e a Líbia.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.