Pesquisar
Close this search box.

Minas Gerais

Em seminário, Governo de Minas discute ações de prevenção e controle das arboviroses em todo o estado

Publicados

em

Em Minas Gerais, dengue, zika, chikungunya e febre amarela marcaram cenários de emergência em saúde pública nos últimos anos. Em 2010, 2013 e 2016 houve um destaque para dengue, sendo registrada também em 2016 a introdução do vírus zika no estado, somado à ocorrência de casos de microcefalia. Já os anos de 2017 e 2018 foram marcados pela epidemia de febre amarela no território mineiro. Em 2019, houve a predominância da dengue e, em 2023, de dengue e chikungunya.

Com base nesse histórico, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), se debruça em processos de trabalho que minimizem o impacto dessas doenças na população mineira. A Política Estadual para Vigilância, Prevenção e Controle das Arboviroses e a atualização do Plano de Contingência (PEC-Arbo) são frutos dessa construção.

Com destaque nesta política, a SES-MG iniciou, nesta quarta-feira (25/10), o Seminário Estadual de Arboviroses. Com duração de dois dias, o evento faz uma retrospectiva da incidência da dengue, zika e chikungunya no último período sazonal, além de debates e apresentações sobre pesquisas e incorporação de novas tecnologias.

Na abertura, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, pontuou a importância do seminário para discutir em conjunto a pactuação de estratégias junto ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG). “Como exemplo, podemos mencionar o uso de drones para aplicação de larvicida e também a construção da unidade para controle de arboviroses, a Biofábrica Wolbachia”.

Saiba mais em: Governo de Minas anuncia início de obras da Biofábrica Wolbachia

A subsecretária de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG, Camila Moreira de Castro, reforçou a importância da parceria entre as ações de vigilância e de assistência que vem acontecendo em todo o território. “É importante reforçarmos ainda mais essa atuação conjunta. O seminário é um momento importante para refletirmos sobre essas ações já desenvolvidas e para pensarmos em como fortalecer as ações”, detalhou.

Raul Santana / Fiocruz

Política Estadual de Arboviroses e atualização do Plano de Contingência

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, destacou que a expectativa para o seminário é de que seja possível evoluir ainda mais na pactuação de políticas públicas que realmente impactem na vida da população mineira. “Nosso desafio é pensar diferente para que possamos aperfeiçoar as medidas de controle e prevenção dessas doenças, bem como preparar os serviços de saúde para atender às demandas da população”, afirmou.

Leia Também:  Espaços culturais de Minas têm horário de funcionamento diferenciado durante o feriado da Semana Santa

Ao longo do seminário, a Coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses, Danielle Capistrano, detalhou que embora o PEC-Arbo já faça parte do escopo de trabalho da área, com atualização a cada dois anos, a política estadual é uma novidade. “Ao longo desse ano de 2023, nos dedicamos na construção dessa política, que objetiva a estruturação de um escopo de atividades para avançarmos no enfrentamento às arboviroses em várias frentes de ação”.

Além das ações para enfrentamento e controle das arboviroses, a política estadual também contempla diretrizes que visam garantir o acesso a serviços de saúde, de forma oportuna, resolutiva, equânime, integral e humanizada, no âmbito do SUS.

Clique aqui e confira o documento na íntegra

Atores envolvidos

O Seminário Estadual de Arboviroses conta com a participação de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Ministério da Saúde (MS), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O chefe do Serviço de Virologia e Riquetsioses (Lacen-MG) da Funed, Felipe Campos, pontuou a integração entre esses diferentes atores do Sistema Único de Saúde como elemento indispensável para ajustar os pontos necessários nas ações e serviços relacionados às arboviroses.

Ao analisar o cenário no âmbito da vigilância laboratorial, Felipe também destacou o aumento na capacidade de processamento de amostras e liberação de resultados de exames para doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Há cerca de 10 anos, quando foi implantado o diagnóstico molecular, que nos permitia diferenciar os tipos de dengue, nossa capacidade de processamento de amostras era de 20 a 50 exames por semana. Já em 2023, chegamos a processar 2 mil amostras por dia. E esperamos melhorar o tempo de resposta porque sabemos que, muitas vezes, esses resultados, que estão no escopo da vigilância laboratorial, são utilizados nos serviços de assistência”, detalhou.

Leia Também:  Gestão de resíduos sólidos prevê 550 mil pessoas beneficiadas no Sul de Minas

O presidente do Cosems-MG, Edivaldo Farias, falou sobre os avanços nas políticas de prevenção e controle às arboviroses. “Os municípios, por meio do Cosems, estão juntos com o Estado para o desenvolvimento dessas políticas inovadoras, que contribuem para a redução das arboviroses”, reforçou.

Regionalização da saúde

Para o consultor nacional da Opas, Rodrigo Said, a grande extensão territorial do estado, formado por 853 municípios, apresenta-se como um desafio na gestão das ações.

“Por isso, momentos como este são fundamentais também para aprimorar a parceria entre a SES-MG, as Unidades Regionais de Saúde e os municípios, e fortalecer o planejamento e a execução das atividades de controle e prevenção às arboviroses”, explicou.

Lívia Carla Vinhal Frutuoso, coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, pontuou que Minas Gerais é considerado um estado estratégico no cenário nacional por ser o mais populoso e por apresentar um trabalho muito bem regionalizado.

Cenário epidemiológico

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-MG, em Minas Gerais, até 9/10 foram registrados 387.129 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 285.119 casos foram confirmados e 177 óbitos constatados.

Em relação à febre chikungunya, foram registrados 88.394 casos prováveis da doença e, desse total, 69.331 casos foram confirmados, sendo 40 óbitos.

Já em relação à zika, foram registrados 127 casos prováveis, 25 confirmados. Não foram confirmados óbitos por zika em Minas Gerais até o momento.

Clique aqui e confira o boletim epidemiológico das arboviroses.

Programação

O Seminário Estadual de Arboviroses vai até esta quinta-feira (26/10) e, entre os temas da programação, estão a apresentação de perspectivas para o cenário estadual, nacional e internacional de arboviroses, apresentação de avaliação de tecnologias de controle do Aedes aegypti e comunicação em saúde, gestão de crise e mobilização social.

Ao longo do seminário, também serão apresentados trabalhos relacionados às ações e práticas em saúde voltadas para arboviroses. O objetivo é visibilizar as experiências e também compartilhar conhecimentos sobre as ações e práticas em saúde realizadas em Minas Gerais, voltadas para doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Fonte: Agência Minas

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

Publicados

em

Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

Leia Também:  Emater-MG integra força-tarefa na prevenção contra a influenza aviária

confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

Leia Também:  Usuários de municípios atingidos pela seca podem fazer intervenções emergenciais em recursos hídricos

Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA