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Tribunal de Contas

Superintendente do TCE debate endividamento do Estado na Assembleia Legislativa

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 O superintendente de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Pedro Henrique Azevedo, participou na manhã desta quinta-feira (26) do ciclo de debates “Endividamento de Minas Gerais”, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O evento teve como objetivo discutir alternativas para o equacionamento da dívida pública do Estado, que supera os R$ 160 bilhões, sendo que mais de  R$ 150 milhões é só com a União.

Pedro Azevedo foi um dos palestrantes do Painel 1, com o tema “A evolução da dívida de Minas Gerais: origem, ritmo e causas” e baseou toda a sua participação nos relatórios elaborados pela Coordenadoria de Fiscalização de Macrogestão Governamental do Estado (CFAMGE), do TCEMG.

O superintendente fez um relato histórico do crescimento da dívida ao longo das décadas e também da situação atual do débito. Pedro Azevedo destacou os restos a pagar incorporados ao valor atual, as dívidas moratórias criadas em 1999, a “bifurcação em 2005”, com o boom das comodities, assim como os ajustes econômicos feitos pelo Governo de 2014 a 2020.

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Entre as suas ponderações, Pedro Azevedo lançou alguns questionamentos quanto as possibilidades de equacionar a dívida e afirmou que o debate de soluções não pode ser “míope”.

“A decisão sobre as soluções do problema vai impactar diretamente a geração futura. Reduzir parcelas resolve o problema? Mudar o indicador de correção da dívida resolve o problema? Isoladamente não. Precisamos repensar a forma como o Estado pensa a sua dívida e isso passa pelo campo político, respeitadas as margens do campo jurídico. Por isso, agradeço a oportunidade de participar deste debate e afirmo que o Tribunal sempre se coloca à disposição para contribuir de forma técnica com debate de soluções”, afirmou o superintendente.

O evento – O ciclo de debates “Endividamento de Minas Gerais” faz parte das discussões em busca de um caminho viável para o equacionamento da dívida pública do Estado e está sendo conduzido pelo deputado estadual Lucas Lasmar. Além do primeiro painel, na parte da tarde, foi debatido no painel 2 – “Os impactos da dívida nas políticas públicas destinadas à população”.
As atividades recomeçam às 9 horas desta sexta-feira (27), com o painel 3 – “A arrecadação: Lei Kandir, benefícios fiscais e a reforma tributária”. Encerra a programação do evento o painel 4 – “As soluções propostas: o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e as alternativas possíveis”.

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Felipe Jácome/Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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