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Política

Executivo contesta pesquisa que aponta falta de políticas para egressos do sistema prisional

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Servidores do Governo de Minas contestaram pesquisa apresentada pela Plataforma Justa durante reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (31/10/23).

O advogado e coordenador de advocacy da Plataforma Justa, Felippe Angeli, fez a apresentação dos dados da pesquisa nacional focados em Minas Gerais: “Funil de Investimento da Segurança Pública e Prisional do Brasil”. O levantamento fez uma análise dos orçamentos direcionados às polícias, aos sistemas penitenciários e às políticas para egressos em oito estados do País durante o ano de 2021.

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Os dados mostram como os enormes impactos financeiros do crescimento prisional, sobretudo em função da Lei de Drogas, não são acompanhados de investimentos para garantir direitos para quem deixa a prisão, depois de cumprida a pena.

Durante sua apresentação, o especialista observou que 40% da população carcerária brasileira são presos provisórios, uma inversão do que determina a Constituição Federal e o Direito Penal no País. Ele também destacou o forte marcador social e racial, já que os encarcerados são principalmente jovens negros e pobres.

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Conforme constatado pela pesquisa, em 2021 Minas Gerais foi o segundo estado brasileiro com o maior investimento na segurança pública, com quase R$ 111 bilhões. Desse total, R$ 6,7 bilhões foram direcionados para as polícias, R$ 2 bilhões para o sistema penitenciário e nenhum valor desse recurso foi destinado a políticas para egressos no Estado.

“Não há programas orçamentários dedicados a egressos no Estado. Proporcionalmente, a diferença entre o que é gasto com a polícia, com o sistema prisional e com os egressos é muito grande. Não é que não há políticas direcionadas aos egressos. Há pelo menos três programas mencionados no Plano Plurianual mineiro. Mas não há menção específica no programa orçamentário a políticas para egressos”, disse.

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Retificação da pesquisa foi pedida

A coordenadora de Políticas Penais de Prevenção Social à Criminalidade da Subsecretaria de Prevenção Social à Criminalidade da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Fabiana Dias dos Santos da Silva, afirmou que em janeiro de 2023 havia pedido a retificação da pesquisa, tendo em vista que desde 2012 existe em Minas a Política de Prevenção à Criminalidade.

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“Foi triste ler que o trabalho que executamos não existe. Composta por seis programas, essa política traz muitos desafios. O programa de atendimento ao egresso do sistema prisional começou a ser executado em 2020. E temos documentação que comprova que o Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp) tem dedicados a ele R$ 5 milhões, exclusivamente. O governo federal nos destinou R$ 3 milhões para isso e vocês nos colocam num lugar difícil com essa pesquisa”, pontuou.

A coordenadora ressaltou que existe uma equipe capacitada em cada município com mais de 200 mil habitantes apta a atender os egressos, que recebe quem sai e que prepara os pré-egressos dentro das unidades prisionais, para dar suporte e oferecer cesta básica e vale social.

“Buscamos aprimorar a Rede de Atenção ao Egresso (Raesp). Queremos que a próxima edição da pesquisa do Justa leve em consideração esse trabalho que temos”, afirmou.

Subsecretário da Subsecretaria de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Tiago Maduro de Azevedo chamou a pesquisa de contraditória e se colocou à disposição para disponibilizar mais dados do governo sobre os investimentos em políticas para egressos.

“Hoje temos mais de 17 mil pessoas presas. Investimos em iniciativas educacionais dentro das prisões, o que também é uma forma de investir em quem vai sair futuramente. Em 2022, foram R$ 39 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), com crescimento nos últimos quatro anos de 47%”, disse.

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O subsecretário da Subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Duílio Silva Campos, pediu que a próxima edição da pesquisa do Justa não “tenha nenhum viés” e ressaltou que o governo tem ciência dos desafios de ressocialização dos presos.

Felippe Angeli afirmou que não é uma questão de viés, mas sim de números. “Acho que falta transparência nos dados que Minas divulga sobre seu orçamento. É fato que o gasto com a repressão é maior que com a prevenção. Vocês me desculpem, mas R$ 5 milhões dentro do orçamento mineiro é zero, não é para desfazer do trabalho de ninguém, é a lógica do sistema, de privilegiar a política de encarceramento”, rebateu.

Violação de direitos

Vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Conedh), Fernando Gonzaga Jayme denunciou que o Estado ignora as poucas denúncias formuladas de violação de direitos humanos, já que existe uma sistemática violência estrutural a familiares ou detentos não têm condições sequer de formalizar denúncias.

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A presidenta da Comissão de Direitos Humanos e autora do requerimento para a realização da reunião, deputada Andréia de Jesus (PT), frisou que a pesquisa evidencia o alto gasto com as políticas de repressão e o valor inferior destinado à prevenção.

“Estudo o encarceramento há anos e sei que este não é um problema exclusivo do Executivo. O Judiciário também tem sua participação e o problema é amplo. Mas essa pesquisa nos ajuda a compreender melhor a distribuição do financiamento e como isso impacta nas demais políticas. É grande a distância entre o investido em repressão e em prevenção”, pontuou.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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