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Rural

Brasil produz cerca de 300 mil toneladas de milho-pipoca e se consolida no mercado mundial

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Nos últimos 20 anos o Brasil consolidou sua presença no mercado mundial de milho-pipoca como resultado de programas de aprimoramento genético de sementes e da modernização das práticas dos produtores, especialmente no estado de Mato Grosso.

A produção registrou um aumento de 135% no país. Estimativas do setor indicam que o Brasil produz cerca de 300 mil toneladas de milho-pipoca anualmente, enquanto nos Estados Unidos, com base nos dados do Departamento de Agricultura do país (USDA), são colhidas mais de 375 mil toneladas a cada ano.

A área de cultivo atual abrange mais de 60 mil hectares. A produtividade também aumentou, passando de 50 sacas para quase 100 sacas por hectare, e a qualidade teve melhorias significativas, incluindo a redução de piruás (grãos que não estouram) e um aumento na maciez da pipoca.

Embora aproximadamente metade da produção de milho-pipoca seja destinada ao consumo interno, o aumento na produção levou o Brasil a ocupar a segunda posição no ranking global de exportação, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

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O milho-pipoca, conhecido cientificamente como Zea mays everta, é uma subespécie do milho amarelo, caracterizada por grãos menores e mais redondos, com uma concentração mais elevada de amido e água. Sua colheita deve ser realizada com uma umidade entre 14% e 17%, e o ciclo de cultivo dura cerca de 140 dias. É importante mencionar que o milho-pipoca é destinado exclusivamente ao consumo humano.

Há 25 anos, o Brasil importava cerca de 80% do milho-pipoca que consumia. O preço dessa variedade era referenciado pelo milho convencional. No ano passado, a saca de 60 kg de milho-pipoca rendeu aos produtores contratados cerca de R$ 145, enquanto o milho destinado à ração animal atingiu o valor de R$ 100. Atualmente, devido à queda nos preços do milho no mercado de futuros, o milho-pipoca está sendo negociado a aproximadamente R$ 97.

Pesquisas realizadas pela Embrapa no passado contribuíram para o aprimoramento genético das sementes de milho-pipoca e resultaram no desenvolvimento de variedades, como a branca BRS Angela.

Os testes com os novos híbridos já apontam uma produtividade de 100 sacas por hectare em cultivos de sequeiro, o mesmo nível alcançado no cultivo irrigado. Além disso, essas plantas exigem menos adubação e não necessitam de aplicação de fungicidas.

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Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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