Rural
Mapa prorroga estado de emergência zoossanitária por mais 180 dias
O ministério da Agricultura (Mapa) estendeu a vigência do estado de emergência zoossanitária em todo o país por um período de 180 dias, em resposta à detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.
Essa decisão foi formalizada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (07.11). O estado de emergência zoossanitária para lidar com os casos de gripe aviária foi originalmente declarado em maio deste ano.
O Ministério da Agricultura afirmou que esse status permitiria a alocação de recursos do governo federal e a coordenação com outros órgãos governamentais e ministérios nas ações de combate à doença.
Conforme o Ministério da Agricultura, a mais recente atualização revela que o Brasil registra, até o momento, 139 casos de gripe aviária, dos quais 136 foram identificados em aves silvestres e outros três em aves de subsistência.
Importante notar que, até o presente momento, não foram identificados surtos de gripe aviária em criações comerciais, o que mantém o Brasil com o status de país livre dessa enfermidade de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.