Tribunal de Contas
Tribunal monitora plano de ação para melhoria da educação em Jampruca
A Segunda Câmara do TCEMG, na sessão dessa terça-feira, 07/11/2023, aprovou o plano de ação apresentado pela prefeitura de Jampruca, município localizado na região mineira do Vale do Rio Doce, em atendimento a exigência do Tribunal quando do julgamento da Auditoria Operacional n. 1.054.284, em sessão da Primeira Câmara de 04/06/2019. O objetivo da auditoria foi avaliar a qualidade da educação pública nos anos inicias do ensino fundamental.
À época da decisão, a Corte de Contas determinou que o Executivo municipal apresentasse um plano de ação contendo medidas para atendimento a extenso rol de recomendações e determinações, como: formar equipe de transição, quando da época da eleição, para atuação em conjunto com a nova gestão eleita; preparar relatórios relativos à situação da educação no município, para apresentação à equipe, informando as decisões tomadas com repercussão e relevância no futuro; promover ações para formalizar e reunir o Conselho de Educação de Jampruca para que tome conhecimento dos assuntos afetos à educação no município, de forma a promover ações de participação da comunidade escolar; agilizar ações de forma a adequar o Plano Municipal de Educação (PME) à realidade local, entre outras.
Na sessão de ontem, o conselheiro substituto Hamilton Coelho, relator do processo autuado sob o n. 1084616 – Monitoramento de Auditoria Operacional – em consonância com a análise da unidade técnica, entendeu que as ações propostas pela prefeitura de Jampruca no monitoramento “mostram-se razoáveis e aptas a promover o aprimoramento da qualidade da educação pública nos anos iniciais do ensino fundamental”.
Dessa forma, o TCE aprovou o plano de ação e determinou à prefeita do município de Jampruca, Polliane de Castro Nunes Bastos, e à secretária de Educação, Patrícia Elline da Cruz Pereira Batista, que remetam ao Tribunal, no prazo de 30 dias, a contar da publicação do acórdão, o primeiro relatório parcial de monitoramento, contendo informações sobre as recomendações propostas que ainda não foram implementadas. “As referidas gestoras deverão também demonstrar ao Tribunal, seis meses após o encaminhamento do relatório inicial de monitoramento, a efetivação das medidas propostas no plano de ação e os benefícios objetivamente alcançados com a implementação de cada uma das ações”, concluiu o relator.
Denise de Paula – Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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