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Minas Gerais

Estado anuncia três novas rotas para impulsionar o turismo em Minas; saiba quais

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Marcelo Barbosa / Imprensa MG

Três novas rotas turísticas foram oficializadas na tarde desta sexta-feira (10/11), durante o 35ª Festuris, que acontece em Gramado, no Rio Grande do Sul, para potencializar, ainda mais, o turismo mineiro. O anúncio foi feito pelo governador em exercício de Minas Gerais, Professor Mateus, e pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira.

Durante a feira, foram apresentadas a Rota das Artes, a Rota Cafés do Sul de Minas e a Rota Turística do Café do Cerrado Mineiro. Os três itinerários são fruto do Projeto Diversifica, desenvolvido pela Secult-MG, em parceria com o Sebrae e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

“Essas rotas são muito importantes e já existem. O que estamos fazendo é aumentando nossa capacidade de absorção de novos turistas, qualificando a mão de obra para que serviços mais especializados possam ser prestados. Então, peço para que todos para conhecer Minas Gerais”, disse Professor Mateus, que destacou apoio do Estado à cultura de todos os municípios mineiros. Além disso, demostrou satisfação de Rota das Artes ter inícioi em Belo Horizonte.

“Ao longo dos anos, sempre me chamou a atenção a concentração dos recursos de cultura no Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, tinha mais de 90% de todo o orçamento da Pasta. Nós temos outros 852 municípios que também precisam desses recursos. E todo mundo necessita desse recurso. Por isso, temos que distribuir e ter atenção com os outros municípios. Mas fico feliz de saber que a Rota das Artes terá como ponto de partida a nossa capital. É Belo Horizonte que possui nosso maior aeroporto, maior rede hoteleira, além dos nossos museus que merecem ser visitados”, disse o governador em exercício.

Professor Mateus ainda salientou a importância de outras cidades muito importantes de Minas Gerais estarem na Rota das Artes.

“Também me encanta o fato de estarmos falando da Rota das Artes, que inclui Belo Horizonte com sua culinária e museus, nossas cidades Patrimônio da Humanidade, como Ouro Preto e Congonhas, mas também o Inhotim, que é uma preciosidade. Todos os lugares do mundo que a gente discute a arte do Brasil, o nome de Inhotim é lembrado. Então, não podemos permitir que Inhotim continue sendo relegado a segundo plano na política pública. Ele é um vetor de atração de pessoas para vir a Minas Gerais. Por isso, fiquei muito feliz de ver esse projeto”, enfatizou Professor Mateus.

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O objetivo da iniciativa é fortalecer a atividade turística no estado, a partir da ampliação da oferta de produtos turísticos com potencial para atrair mais turistas, impulsionando a geração de emprego e renda no estado. As rotas valorizam os territórios, os ingredientes locais, os patrimônios históricos, a arte moderna e contemporânea, além da cozinha mineira, que proporcionam experiências únicas ao visitante em solo mineiro.

Vale ressaltar que Minas Gerais abriga mais de 60% do patrimônio histórico do país e quatro Patrimônios da Humanidade, dentre eles o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, ressaltado na Rota das Artes. O itinerário também evidencia o Instituto Inhotim, que é o maior museu de arte contemporânea a céu aberto da América Latina.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, destacou a importância do apoio do Governo de Minas às pautas da secretaria.

“Estar aqui em uma das maiores feiras de turismo do mundo, falando de turismo de Minas, é uma realização imensa para todos os mineiros. Isso significa muito para nós. O Professor Mateus foi um dos únicos governadores de Minas a estar presente na Unesco para mostrar nosso estado para o mundo. Isso é muito importante para nós mineiros”, salientou

O diretor de operações do Sebrae Minas, Mardem Magalhães, disse que essa parceria com o Governo de Minas vai garantir muitos frutos ao estado. Segundo ele, é importante unir esforços para assegurar agora que essas rotas sejam bem vistas pelos turistas.

As rotas Cafés do Sul de Minas e a Turística do Café do Cerrado Mineiro também reforçam a história e o lugar central do café na cultura e na economia do estado, que é responsável por tornar o Brasil líder na produção do grão no mundo. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Minas Gerais responde por 46% da safra nacional, o que equivale a cerca de 22,1 milhões de sacas.

Rota das Artes

A rota abrange oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana.

Ao todo, o trajeto oferece 16 experiências: Palácio da Liberdade (Belo Horizonte), Museu Minas e Metal (Belo Horizonte), Inhotim (Brumadinho); Arte, Cerâmica e Brunch no Ateliê (Brumadinho); Arte em Cerâmica no Mirante (Brumadinho); Brunch na Vila Lavanda (Brumadinho); Coração em Branco (Brumadinho); Alquimia dos Quintais (Brumadinho); 4 Estações com o Chef (São Joaquim de Bicas); Da Cozinha ao Qintal da Mestra (São Joaquim de Bicas); Arte em Madeira (Igarapé); Santuário do Bom Jesus do Matosinhos (Congonhas); Museu de Congonhas (Congonhas); Cerâmica Saramenha (Ouro Branco); Ateliê Edney do Carmo (Mariana) e Restaurante Sebastião (Ouro Preto).

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Rota Cafés do Sul de Minas

Contempla seis municípios do Sul de Minas, que é a maior região produtora de café do mundo. Integram este trajeto Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília. A rota reunirá cerca de seis experiências turísticas relacionadas ao café: Paiol Café Boutique (Três Pontas), Fazenda Santa Quitéria (Cambuquira), Fazenda Catiguá (Cambuquira), Parque das Águas (Caxambu), Café Seival (Baependi) e Laticínios Paiolzinho (Cruzília).

Rota Turística do Café do Cerrado Mineiro

A rota está estruturada na cidade de Patrocínio, que é considerado o maior produtor de café no Brasil. Existem 958 produtores no município. A experiência inclui um roteiro de fazendas que podem ser visitadas pelos turistas. Estes terão a oportunidade de conhecer as plantações e os processos de cultivo dos grãos, além de experimentar a cozinha local e o tradicional café do Cerrado Mineiro.

O objetivo é estimular o turismo de experiência na primeira região produtora de café do Brasil, reconhecida com a chancela de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

A Rota Turística do Café Cerrado Mineiro também conta com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Associação Comercial e Industrial de Patrocínio/Câmara de Dirigentes Lojistas (Acip/CDL) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Patrocínio.

“Essas duas rotas são muito mais que produtos que a gente entrega, elas desenham, de alguma forma, quem nós somos. Por isso, fico muito feliz de ver duas rotas. Estamos comemorando quem nós somos”, disse o governador em exercício.

Projeto de Patrimônio Histórico

Durante a feira, Professor Mateus aproveitou a oportunidade e anunciou o trabalho e empenho do Governo de Minas e de entidades da cadeia produtiva do café, para tentar garantir no ano que vem que a forma de produção de café mineira seja considerada Patrimônio Histórico. “A forma que a gente transformou nosso café em uma parte central da nossa cultura foi essencial para o Estado e para o mundo”, pontuou Professor Mateus.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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