Rural
Paraná reduz em 50% uso de inseticidas com manejo integrado de pragas
O setor agrícola do Paraná celebra uma conquista significativa na cultura da soja: a redução pela metade do uso de inseticidas graças ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), conforme apontam estudos da Embrapa Soja e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Publicado no documento 455, “Resultados do manejo integrado de pragas da soja na safra 2022/2023 no Paraná”, os dados revelam a eficiência das boas práticas agrícolas implementadas nas lavouras.
O MIP Soja, recomendado desde a década de 70, ganhou força nos últimos dez anos com o monitoramento sistemático de 1.639 lavouras. A adoção criteriosa das estratégias recomendadas resultou na diminuição das aplicações de inseticidas de 3,6 para 1,7 vezes. Roberta Carnevalli, pesquisadora da Embrapa Soja, destaca a relevância desses números: “Além de representar a economia de duas sacas de soja por hectare, essa prática minimiza a exposição a produtos químicos e impulsiona uma agricultura mais sustentável e produtiva.”
Durante a safra 2022/2023, o IDR-Paraná acompanhou 150 unidades de referência (URs) em MIP-Soja, espalhadas por 101 municípios. Segundo Edivan Possamai, coordenador do projeto grãos do IDR-Paraná, “a consistência dos resultados positivos e a anualidade na divulgação desses dados são diferenciais que comprovam a eficácia do MIP.” O sucesso do programa é atribuído à colaboração entre os produtores, assistência técnica, pesquisa e extensão rural, consolidando uma redução de custos que se traduz em maior rentabilidade e menor impacto ambiental.
A iniciativa não se restringe ao controle de pragas. A Embrapa e o IDR-Paraná também avaliam práticas como o Manejo Integrado de Doenças e Coinoculação. A partir da próxima safra (23/24), o programa se expandirá para incluir o manejo integrado de plantas daninhas e práticas de manejo de solo.
Os princípios do MIP incluem o monitoramento constante das lavouras, utilizando um pano de batida para quantificar a presença de insetos. As decisões sobre a aplicação de inseticidas são tomadas apenas quando os níveis de ação, como a presença de dois percevejos no pano ou uma desfolha média de 20%, são atingidos. Quando necessária, a pulverização com produtos seletivos garante eficácia direcionada, evitando danos maiores ao ecossistema.
Essa abordagem, baseada em evidências e colaboração, aponta um caminho promissor para a agricultura sustentável no Paraná, com implicações positivas para a produtividade, economia e meio ambiente.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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