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Rural

Temperaturas elevadas traz problemas na emergência das sementes

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O fenômeno climático El Niño está exercendo considerável impacto no bioma do Cerrado, trazendo consigo uma elevação significativa das temperaturas e uma diminuição drástica das precipitações pluviométricas.

Essas condições climáticas adversas estão gerando desafios substanciais para os agricultores da região. A escassez de água, associada à reduzida produção de palhada devido à prática de rotação de culturas, está levando os agricultores a replantar durante o período de safra.

A ausência de palhada compromete a umidade do solo, amplia a exposição ao calor e dificulta o processo de germinação das plantas, resultando em um menor índice de estabelecimento das mesmas.

Devido às temperaturas elevadas, muitos agricultores estão enfrentando dificuldades na germinação das sementes. Para que o processo de germinação ocorra, as sementes necessitam absorver uma quantidade específica de umidade do solo, equivalente a 50 a 55% do seu peso, e a temperatura ideal deve situar-se entre 20°C e 30°C.

No entanto, estamos registrando temperaturas muito superiores a esses valores nesta safra. Temos observado situações como o tombamento fisiológico, resultado das altas temperaturas, ou o tombamento ocasionado pela presença de fungos como Pythium, Phytophtora e Rhizoctonia, os quais se desenvolvem em ambientes com temperaturas acima de 30°C.

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Esses fungos se aproveitam desse cenário desfavorável. Além disso, é comum ver plantas emergindo do solo que, ao se depararem com temperaturas elevadas na superfície do solo, curvam-se para dentro, formando o que os especialistas chamam de ‘pescoço de ganso’, além de  ficarem mais suscetíveis à degradação e ao apodrecimento.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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