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Minas Gerais

Concursos regionais e municipais valorizam cafés do Sul de Minas

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Nesta quinta-feira (16/11) acontece na Casa da Cultura, em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste de Minas, mais uma edição Paraíso dos Cafés Finos.

Este é o último de uma série de concursos regionais e municipais de qualidade dos cafés, que vem movimentando o Sul do estado, no segundo semestre deste ano, e que buscam valorizar a cafeicultura local, agregando mais valor aos cafés da região.

O gerente da Unidade Regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) de Guaxupé, Marcelo Bomfim, conta que na região atendida pela Uregi, desde setembro, já foram realizados 11 concursos municipais de café e dois regionais, que foram da Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, no dia 27/10, em Muzambinho; e o Concurso do Terroir Vulcânico, em 4/11, em São Sebastião da Grama (SP).

Este último abrange 12 municípios na divisa entre os estados de Minas Gerais e São Paulo e busca valorizar a produção de cafés especiais em solos vulcânicos, reforçando a marca coletiva que vem ganhando notoriedade no cenário de cafés gourmets.

Emater-MG / Divulgação

Já os concursos municipais ocorreram em Poços de Caldas (26/9), Monte Sião (18/9), Cabo Verde (07/10), Botelhos (20/10), Andradas (24/10), Campestre (26/10), Monte Belo (22/09), Muzambinho (31/10), Nova Resende (04/11), Ibitiúra de Minas (04/11), Jacutinga (11/11) e agora será realizado em São Sebastião do Paraíso.

“No total, foram mais de mil amostras participando dos concursos. Em todos eles houve um aumento de inscritos e a melhora da qualidade dos grãos concorrentes. Os produtores estão bastante interessados em fazer um trabalho de qualidade”, ressalta Marcelo Bomfim.

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Talento jovem

O cafeicultor Luiz Fernando Vilas Boas, de 25 anos, conquistou o primeiro lugar geral no Concurso Municipal de Andradas, no qual também ganhou o prêmio de melhor café produzido por um jovem.

De família de produtores, Luiz Fernando diz que a paixão pela cafeicultura vem desde a infância, com as brincadeiras no cafezal.

“Acho que participar desses concursos vale a pena, pois é uma forma de ter reconhecimento do esforço de produzir um café de qualidade, além disso o nosso produto fica mais valorizado no mercado”, argumenta o jovem.

Atualmente, Luiz Fernando aguarda com ansiedade o término do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, do qual é um dos finalistas.

Modelos diferentes

O gerente da Emater-MG comenta que cada concurso adota um modelo próprio mais adequado para as características do município promotor do evento.

“O concurso se adapta a realidade do município. Em alguns, os jurados são provadores da região. Em outros, as prefeituras fazem parcerias com institutos federais e universidades, mas em todos a Emater-MG tem uma participação direta na realização dos concursos”, explica Marcelo.

O concurso Paraíso dos Cafés Finos, por exemplo, está na sua quinta edição e é uma iniciativa da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Sedeagro), em parceria com a Emater-MG e com a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (Acissp).

Puderam se inscrever cafeicultores, cuja propriedade de origem do lote está localizada no município, com amostras de grãos da espécie Coffea Arabica L., colhidos no ano de 2023, tipo 2 para melhor, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de café. As amostras deverão ser nas peneiras 16 e acima, com vazamento máximo de 5% na peneira 16 e umidade entre 10% e 12%.

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Os primeiros 20 colocados receberão o Certificado de Participação no Concurso e autorização de uso do selo “O Paraíso dos Cafés Finos”. O primeiro colocado, além do certificado, receberá o troféu e R$ 15 mil; o segundo lugar levará R$ 10 mil; o terceiro, R$ 5 mil; 4° colocado R$ 3 mil; 5° colocado, troféu e R$ 2 mil. Além disto, a associação onde está localizada a propriedade do 1° colocado receberá o prêmio de R$ 5 mil.

Outro concurso tradicional na região é o Concurso de Qualidade dos Cafés de Poços de Caldas, que este ano chegou a 16ª edição e contou com 116 inscrições e 96 amostras. A melhor nota obtida foi de 87 pontos e o lote vencedor foi vendido no leilão a R$ 4,2 mil a saca de 60 quilos. Além dos cafés serem comercializados, os agricultores participantes receberam prêmios, sendo o primeiro colocado contemplado com uma derriçadeira de café.

Este ano, a novidade foi a realização conjunta do 1º Concurso Gastronômico de Cafés de Poços de Caldas. Com 28 participantes, a premiação teve três categorias (bebida, doce e salgado) e um dos quesitos para se inscrever foi ser produtor de café. Os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados.

Fonte: Agência Minas

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Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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