Rural
Mercado de carbono: entenda o que é, como funciona e como você pode lucrar
Os últimos acontecimentos, como secas, chuvas, calor e frios excessivos, inundações, tsunamis e outras “novidades” colocaram o clima no centro das preocupações.
Todos esses eventos climáticos, segundo especialistas, são resultado do aumento das emissões de “gases de efeito estufa”, que mais que dobraram desde 2008, provocando um aumento da temperatura da superfície da Terra.
O Brasil detém cerca de 15% do potencial global de captura de carbono através de meios naturais, podendo alcançar US$ 50 bilhões até 2030, em comparação com o valor atual de US$ 1 bilhão. Nesse contexto, o país emerge como protagonista na busca por soluções sustentáveis para o agronegócio, em meio à crescente preocupação mundial com as mudanças climáticas e a necessidade de descarbonização.
Dentro desse cenário, o setor agrícola enfrenta uma crescente pressão para reduzir sua pegada de carbono e adotar práticas mais responsáveis, tornando-se um epicentro de inovações e esforços para atingir a neutralidade climática.
O QUE SÃO: “Gases de efeito estufa” são substâncias presentes na atmosfera, capazes de absorver a radiação infravermelha refletida pelo nosso planeta após absorção da luz do sol. Por exemplo, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso são produzidos por atividades industriais, queima de combustíveis fósseis, agricultura, utilização de fertilizantes, degradação do lixo, entre outras.
A ideia do “mercado de carbono” é atribuir um valor à emissão desses gases, fazendo com que os responsáveis pelas emissões paguem pelos custos envolvidos.
Como anualmente, o mundo lança cerca de 55 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera, da para transformar os problemas climáticos em oportunidades de negócios, oferecendo soluções transparentes e confiáveis de neutralização climática, que protejam ativos, investimentos e as pessoas.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.