Tribunal de Contas
Escola de Contas passa por avaliação de recredenciamento
A Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo recebeu hoje, 20 de novembro, uma equipe da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais para realizar a avaliação de recredenciamento da instituição como Escola de Governo. Recebidos pelo presidente do Tribunal, conselheiro Gilberto Diniz, os avaliadores foram acompanhados pela diretora da Escola, Naila Mourthé, e a coordenadora de Pós-Graduação, Luciana Moraes Raso Sardinha Pinto para dar início aos trabalhos. Carlos Henrique Passos Mairink, Andrea Carvalho Arnaut e Alexandre Miserani de Freitas, servidores da Subsecretaria de Ensino Superior, executam o procedimento de avaliação até a sexta-feira, 24.
A diretora da Escola de Contas Naila Mourthé destacou que estão desde o mês de julho se preparando para o momento de receber o time de avaliadores e contou ainda que durante a semana, eles vão se reunir com o corpo técnico, docente e administrativo para analisar as condições de continuidade do título para a Escola.
O professor Carlos Henrique Passos Mairink, membro da Subsecretaria de Ensino Superior, pontou que, entre outros requisitos, são apreciados a “infraestrutura da instituição, o projeto de desenvolvimento institucional e o programa pedagógico dos cursos oferecidos”. Segundo Mairink, é utilizado um instrumento técnico para nortear a avaliação, que deve ser refeita no prazo de quatro ou cinco anos.
Instituída em 1994, por meio da Resolução n.5/1994, a Escola de Contas foi credenciada como Escola de Governo em novembro de 2012. Até então, para cumprir o papel pedagógico dos tribunais, entre os anos de 1995 a 2013, em parceria com a Sociedade Mineira de Cultura e a Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais, o TCE mineiro oferecia cursos de pós-graduação e chegou a diplomar 2.100 especialistas em controle externo, gestão pública contemporânea, controle externo e avaliação da gestão pública, direito público – controle de contas, transparência e responsabilidade. Em fevereiro de 2014, já com programa autônomo, foram lançados os primeiros três cursos, sendo dois de aperfeiçoamento e um de especialização, na modalidade presencial.
Em setembro de 2012, o Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais avaliou a Escola de Contas e a conceituou com um “Triplo A” referente aos quesitos organização do curso, corpo docente e infraestrutura física e tecnológica. Agora, ela esta certificada como escola formal de ensino sem a necessidade de convênio com instituição particular para certificar seus cursos. As escolas de Governo são instituições públicas criadas com o objetivo de capacitar e aperfeiçoar agentes públicos com a finalidade de entregar um serviço mais eficaz e eficiente à sociedade.
Fred La Rocca/ Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.