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Minas Gerais

Minas Gerais atinge marco histórico e supera 7 GW de geração solar em operação

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Há 5 anos, os irmãos Carlos e Bruno Cordeiro resolveram reunir os conhecimentos obtidos com a vivência profissional na indústria para tornar o sonho de empreender uma realidade. A aposta foi feita em uma matéria-prima abundante, perene, sustentável, limpa e bastante conhecida, apesar do potencial até então pouco explorado: o sol.

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Carlos trabalhava para uma empresa fornecedora de equipamentos para hidrogeração, enquanto o irmão Bruno, engenheiro eletricista, atuava na área de projetos e manutenção de instalações elétricas. O resultado dessa união foi a criação da Cordeiro Energia, integradora de energia solar fotovoltaica especializada na construção de projetos e de usinas solares de microgeração e serviços de manutenção, com sede em Curvelo, região Central de Minas Gerais.

Os irmãos fazem parte de um ecossistema que tem crescido expressivamente em Minas Gerais – o de Energia – e que, neste ano, já alcançou um marco histórico: 7,15 GW de geração solar fotovoltaica em operação. Somente em 2023, houve um incremento de 2,6 GW de energia solar operacional no estado, o maior entre todas as unidades federativas. O avanço em 57,14% manteve Minas Gerais em primeiro lugar no ranking de crescimento na geração solar fotovoltaica.

Neste mês de dezembro, a geração centralizada solar em Minas registrou 3,81 GW de potência fiscalizada, enquanto a distribuída foi de 3,34 GW de potência instalada. A soma destes resultados leva o estado a mais um recorde na energia fotovoltaica. De toda a energia solar produzida no Brasil, 19,95% estão concentrados em Minas Gerais, segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para Carlos Cordeiro, o crescimento da energia solar no estado é explicado por três fatores: o alto valor pago pelo quilowatt, os índices solarimétricos favoráveis e a redução/isenção de impostos por parte do Governo de Minas. “Neste tripé, está para mim o sucesso da energia solar dentro do estado”, afirma.

Em Montes Claros, no Norte de Minas, outro empresário que vem aproveitando o bom momento do mercado de energia mineiro é Kerley Batista Alves. Hoje sócio da Eternal Engenharia Ltda, que conta com um quadro de 100 funcionários, Kerley deixou uma carreira estável para empreender no setor em 2014. Em 2015, já era responsável pela 1ª usina solar homologada no município.

“Minas tem apetite grande por energia; a gente percebeu que o pessoal tem usado muito a energia própria sendo gerada. Passou também a ter um consumo maior aqui no Norte de Minas, onde faz muito calor, porque as pessoas passaram a usar mais equipamentos como ar condicionado, além das padarias com a adoção de fornos elétricos, aumentando consideravelmente o consumo de energia”, explica Kerley Alves.

A empresa de Kerley é especializada em construção de grandes projetos e atua como investidora em usinas próprias. Atualmente, está construindo duas em cidades próximas a Belo Horizonte – totalizando oito obras em andamento no estado – e três fora de Minas: no Rio de Janeiro (2) e em São Paulo. Desde que iniciou na atividade, o empresário já ergueu 135 usinas, sendo 35 próprias.

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, destaca que o contínuo crescimento do estado em energia solar resulta, principalmente, da política de incentivo à atração de investimentos do Governo de Minas. Além disso, evidencia a importante posição do estado como referência nacional no setor.

“O Governo do Estado, por meio da Sede e sua Diretoria de Energia, tem criado e impulsionado, portanto, iniciativas que visam incentivar a vinda de novos investimentos relacionados à geração de energia renovável e a manutenção do pioneirismo com trabalho constante, evidenciado pelo crescimento exponencial. Sobretudo, em um contexto de busca pela manutenção do equilíbrio ambiental e de corrida para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa, além de ratificar o compromisso do estado com a descarbonização da matriz energética e como líder do processo de transição energética no país”, afirma.

Protagonismo em energia limpa

Proveniente das grandes centrais de produção de energia elétrica, a energia solar centralizada mantém Minas Gerais em primeiro lugar no ranking nacional, com cerca de 34% da produção no país.

A energia solar em operação de Minas corresponde a mais da metade da capacidade instalada total da Usina Hidrelétrica de Belo Monte – a maior usina hidrelétrica do Brasil e a quarta do mundo – e é capaz de atender mais de 2 milhões e 400 mil casas, em um consumo médio de 300 kw por residência.

Esses resultados demonstram o protagonismo de Minas Gerais em relação à energia solar e o compromisso do Governo do Estado com a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis. A participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), por meio da Diretoria de Energia e do Programa Sol de Minas, tem sido essencial para a manutenção da vanguarda mineira no setor.

“Acompanhei a primeira grande usina instalada no Brasil, em Pirapora, um investimento da espanhola Solatio. Quando chega investimento desse porte em um município, ele transforma toda a cidade e as regiões vizinhas: o comércio e os hotéis ficam lotados. Já vi casos em que, nas padarias, chegou a faltar pão, nos postos de combustíveis, faltar combustível, tamanha era a demanda. Então, fica um legado na cidade de investimentos, de tecnologia, porque as empresas utilizam a mão de obra local. Vi isso acontecer em Manga, Janaúba, Januária. Hoje 78% do sistema de energia solar fotovoltaica são residenciais, o que mostra que ela é acessível e democrática”, analisa o coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica em Minas (Absolar), Bruno Catta Preta.

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Catta Preta está à frente da entidade desde 2020 e avalia que o trabalho desenvolvido pelo Governo de Minas no incentivo à energia limpa tem sido estratégico para o alcance desses números. Como exemplo, o coordenador da Absolar em Minas cita o Projeto Sol de Minas, liderado pela Sede-MG e do qual ele participa.

“Atuo como um dos palestrantes/treinadores. Hoje estamos capacitando os 853 prefeitos e respectivos secretários de Desenvolvimento em energia limpa. Queremos mostrar que os prefeitos, quando levam essa energia para suas escolas, por exemplo, levam tecnologia e apresentam a modernidade. Já fizemos cinco rodadas do programa”, conta.

Cenário energético

Minas Gerais lidera o setor de geração solar fotovoltaica no Brasil. Em relação à geração centralizada, 18% da matriz energética mineira corresponde à geração solar. Dessa forma, o estado representa 34% da capacidade instalada total brasileira. Já em geração distribuída, Minas compreende 13,4% do total de potência instalada, atrás somente de São Paulo, que detém 13,58% do total.

De janeiro a novembro deste ano, 1.816 MW de geração solar centralizada entraram em operação em Minas Gerais, nos municípios de Jaíba, Janaúba, Pirapora, Araxá, Varginha e Várzea da Palma. Ao mesmo tempo, 773 MW de geração distribuída entraram em operação em todo o estado.

Em Minas, 100% dos municípios possuem ao menos uma unidade de geração de energia solar fotovoltaica, no campo da geração centralizada mais 879 empreendimentos estão em fase de construção ou com construção não iniciada, sendo 852 de geração solar fotovoltaica.

Sol de Minas

O Projeto Sol de Minas, criado em 2019, é fundamental para compreender o sucesso do Estado de Minas Gerais na geração solar fotovoltaica. Depois da implementação dele, Minas Gerais passou de 518,55 MW de potência instalada em energia fotovoltaica em 2018 para 7.135,2 MW em 2023, um crescimento de mais de 13 vezes.

A priorização do tema e o projeto foram imprescindíveis para a rápida evolução do setor dentro de um período de cinco anos, além de alavancar o protagonismo de Minas. Entre suas frentes de atuação, destacam-se a capacitação dos gestores municipais para a atração de investimentos e criação de políticas públicas para o setor solar; a elaboração do Atlas Solarimétrico, em conjunto com a Cemig, para apontar os pontos de oportunidade e conexão no estado; a elaboração de incentivos fiscais para produção de energia elétrica de fonte renováveis; e a simplificação do procedimento de licenciamento ambiental para geração de energia solar.

Essas medidas, dentre outras, são implementadas com os objetivos de aumentar a capacidade instalada de geração de energia elétrica, fortalecer a cadeia produtiva da geração de energia solar fotovoltaica, aumentar a participação de energias limpas na matriz energética do estado e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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