Rural
Imea prevê plantio recorde de algodão na próxima safra
O Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea) de Mato Grosso está projetando um plantio recorde de algodão para a safra 2023/24, atingindo cerca de 1,35 milhão de hectares.
O aumento da área destinada ao algodão é atribuído à maior competitividade dessa cultura em comparação ao milho e à possível redução da área de plantio de soja. A expectativa é que produtores que normalmente destinam áreas para a segunda safra de soja possam direcionar esses terrenos para o cultivo de algodão.
Prevê-se que, apesar da previsão de um clima menos favorável, devido ao El Niño, a produtividade do algodão diminua em cerca de 8,61%, chegando a 284,35 arrobas por hectare. No entanto, a projeção é de um aumento na produção total de algodão em caroço, atingindo 5,78 milhões de toneladas.
A safra anterior, 2022/23, foi marcada por resultados excepcionais. A área plantada alcançou 1,20 milhão de hectares, representando um aumento de 2,15% em relação à temporada anterior.
Além disso, a produtividade média foi a maior já registrada, atingindo 311,34 arrobas por hectare. A produção total de algodão em caroço foi de 5,61 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 28,22% em comparação com a safra 2021/22.
Esse crescimento na área de plantio de algodão se dá em virtude da crescente rentabilidade dessa cultura em relação ao milho, cuja margem de lucro dos produtores está em baixa.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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