Rural
Paraná espera bater recorde na produção do milho safrinha
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, apresentou sua primeira Previsão Subjetiva de Safra (PSS), apontando a possibilidade de o Estado superar sua marca recorde na produção de milho de segunda safra.
Com uma produção registrada no ciclo 2022/23 de 14,1 milhões de toneladas, espera-se um crescimento de 2%, alcançando cerca de 14,4 milhões de toneladas, caso haja a esperada recuperação de produtividade.
No último ciclo, atrasos na retirada da soja do campo dificultaram a implantação das culturas, mas esse problema não deve se repetir. A semeadura do milho já começou em alguns pontos do Estado e deverá se intensificar em janeiro, terminando até o final de março, ocupando uma área semelhante à do ciclo anterior, aproximadamente 2,3 milhões de hectares.
Carlos Hugo Godinho, agrônomo, afirmou que a estabilidade na área cultivada de milho indica uma menor disposição para correr riscos por parte dos produtores, mesmo com perspectivas mais favoráveis de plantio para 2024. A média de preço ao produtor em 2023 diminuiu para R$ 54,58 a saca, enquanto em 2022 foi de R$ 79,86.
Para o feijão de segunda safra, estima-se uma redução na área de plantio, saindo de 295 mil hectares para 293 mil hectares. A dificuldade no calendário de plantio, devido ao atraso na formação da soja, é apontada como um dos motivos para a não expansão dessa cultura. O feijão preto alcançou o preço médio de R$ 245,87 a saca em 2023, em comparação com R$ 224,76 em 2022.
Quanto à batata e à cebola, os prognósticos indicam aumento na produção de batata de segunda safra e uma queda na produção de cebola, refletindo as oscilações de área plantada e fatores climáticos.
Na primeira safra 2023/24, as previsões apontam para uma recuperação na produção de soja, batata e café, após perdas anteriores. Entretanto, a produtividade da batata de primeira safra foi reduzida devido às chuvas do segundo semestre, impactando a produção em aproximadamente 15%.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.