Rural
Clima maluco: última semana do ano deve ter chuva, seca, frio e calor
O cenário climático, previsto pelos institutos de meteorologia, para a última semana do ano, promete mudanças significativas em várias partes do país, trazendo consigo um conjunto diversificado de condições meteorológicas que vão desde chuvas intensas a temperaturas mais baixas e calor extremo.
Sul do Brasil
A previsão indica que o sul do país enfrentará um aumento considerável no volume de chuva, especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no sul do Paraná, com possibilidade de acumulação de até 100 mm. Essas condições podem resultar em alagamentos e deslizamentos, exigindo cautela da população.
Além disso, há a previsão de temperaturas mínimas abaixo de 10 ºC, com o risco de geada nas áreas mais elevadas da Serra Gaúcha e Catarinense após a passagem desse sistema meteorológico.
Sudeste Brasileiro
Entre terça e quarta-feira, a região sudeste do Brasil enfrentará uma mudança brusca no clima, decorrente da chegada de uma frente fria. Esta frente trará chuvas significativas, principalmente para o sudeste de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, com acumulados podendo ultrapassar 100 mm, trazendo consigo riscos de alagamentos e deslizamentos de terra.
Durante a passagem da frente fria, são esperados eventos de queda de granizo, descargas elétricas e rajadas de vento com potencial acima de 55 km/h, podendo causar interrupções no fornecimento de energia elétrica e danos a áreas agrícolas, especialmente aos cafezais no leste de Minas Gerais e ao Cinturão Verde de São Paulo.
Centro-Oeste
A previsão aponta uma semana predominantemente ensolarada na região, com a ocorrência de trovoadas ao longo do dia. Embora se espere um acúmulo de chuvas entre 40 e 60 mm, essa quantidade não será suficiente para reverter o déficit hídrico em culturas como milho e soja, impactando principalmente os agricultores. Maiores volumes de chuva estão previstos somente para o início de janeiro, trazendo um fôlego aos produtores.
Nordeste e Norte
No Nordeste, espera-se uma diminuição da pluviosidade, com maiores volumes concentrados na faixa leste da região, especialmente na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará, com acumulados em torno de 40 mm. Nas demais áreas, o clima quente e ensolarado continuará predominando, com chuvas pontuais de 10 a 15 mm.
Na região Norte, o cenário será de calor e chuvas volumosas, variando de 50 a 100 mm, favorecendo o desenvolvimento das lavouras e a recuperação das pastagens locais. Entretanto, a combinação entre calor e umidade pode ocasionar temporais com descargas elétricas e vendavais em momentos pontuais.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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