Nesta quarta-feira (24/1), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandado de prisão preventiva contra um homem, de 60 anos, investigado pela prática de feminicídio tentado ocorrido no último dia 19 em Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ele é suspeito de golpear a namorada, de 50 anos, com um machado, durante uma confraternização na residência do alvo, localizada no povoado Julião.

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil em Jaboticatubas, o crime somente não foi consumado porque um amigo do casal interveio, evitando que a vítima, já caída ao chão após receber chutes na região das costelas e ser atingida no braço com o machado, fosse novamente golpeada. Na ocasião, a mulher foi levada ao hospital, onde a Polícia Militar foi acionada.

Tão logo a ocorrência chegou ao conhecimento da PCMG, pela manhã do dia dos fatos, o trabalho investigativo se iniciou. As apurações indicam que as agressões começaram após uma discussão do suspeito com a vítima. O homem teria tido uma crise de ciúmes depois de uma brincadeira feita pelo amigo com a namorada do investigado, e não foi mais visto desde a data do crime no povoado nem no seu local de trabalho.

Diante dos elementos colhidos, ainda na sexta-feira (19/1), a Polícia Civil representou à Justiça pela prisão preventiva do suspeito. O mandado foi expedido anteontem (22/1) e, após diversos levantamentos, a equipe localizou o investigado na cidade de Lagoa Santa, também na RMBH. Aos policiais, o homem alegou que no momento da discussão a namorada se muniu de um machado e ele tomou o objeto das mãos dela e a agrediu para se defender.

Enfrentamento

A delegada Susana Behenck Seibel Kloeckner, titular da Delegacia de Polícia Civil de Jaboticatubas, informa que, para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher, foi criada no município a Rede de Proteção, com participação de integrantes da PCMG, da Polícia Militar, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Prefeitura, das secretarias de Assistência Social e Saúde, do Hospital Municipal, do Escritório Social, de representantes da sociedade civil, entre outros atores.

“O presente caso demonstra a importância de uma rápida resposta das forças de segurança pública e do Poder Judiciário, que, frente a indícios suficientes da autoria e prova da materialidade do fato, em brevíssimo tempo fez cumprir a legislação processual penal e evitou, quem sabe, que uma tragédia maior viesse a acontecer. Ressalto que a Polícia Civil está pronta para receber as vítimas e, com os demais atores da Rede de Proteção à Mulher de Jaboticatubas, dar o suporte necessário no enfrentamento da violência doméstica”, destaca Susana.

As investigações prosseguem para a conclusão do inquérito policial.

Fonte: Polícia Civil de MG