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Tribunal de Contas

Tribunal suspende licitação para aquisição de pneus na Zona da Mata

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A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), reabrindo os trabalhos do colegiado nessa terça-feira (06/02/24), suspendeu liminarmente o Pregão Eletrônico n. 052/2023, Processo Licitatório n. 137/2023, promovido pelo município de Guiricema, situado na Zona da Mata mineira. O procedimento licitatório visa a “futura e eventual aquisição de pneus novos, câmaras e protetores”, para atendimento às demandas do município.

O TCE recebeu denúncia de representante da empresa Augusto Pneus Eireli, protocolizada sob o n. 10077873,  de que seria restritiva e prejudicial à economicidade do processo a exigência editalícia de apresentação de “cópia do Cadastro Técnico Federal junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama)” –  que é um certificado de regularidade emitido pelo instituto em nome da fabricante de pneus. Salientou a denunciante que não está em discussão a exigência do certificado nas licitações, mas, sim, que o certificado seja em nome do fabricante.

Ainda numa análise superficial dos fatos, o relator do processo, conselheiro José Alves Viana, entendeu procedente a denúncia, uma vez que a exigência de certificação junto ao Ibama, tal como consta no edital – unicamente em nome do fabricante como critério de habilitação -, mostra-se restritiva à competição por “impedir a participação de empresas importadoras de pneus que não possuam CNPJ”, com consequente e possível prejuízo à Administração Pública decorrente de um maior custo dos produtos finais.

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Por entender que tal exigência não se coaduna com a legislação que rege a matéria, e diante da homologação do certame com obstáculos à Administração para obtenção da melhor proposta, o relator não só suspendeu o procedimento na fase em que se encontra como também determinou que os responsáveis se abstenham de praticar qualquer ato até o pronunciamento do Tribunal acerca da matéria, sob pena de multa diária, nos termos do art. 90 da Lei Orgânica, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis.

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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