Polícia
Alta Voltagem: operação da PCMG termina com 29 prisões em Guaxupé
Vinte e nove prisões e 24 mandados de busca e apreensão cumpridos. Esse é o saldo da operação Alta Voltagem, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta terça-feira (20/2), em Guaxupé, Sul do estado. Os alvos são investigados por crimes relacionados com a subtração de cobre proveniente de transformadores de energia elétrica e usinas fotovoltaicas, cujo impacto financeiro é estimado em R$ 2,6 milhões, além do prejuízo social relativo à falta de energia em áreas afastadas da rede elétrica.
A operação é resultado de uma investigação policial que se constrói há cerca de seis meses em cooperação pelas Delegacias Regionais em Guaxupé e São Sebastião do Paraíso e apura os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto e receptação. A partir dos levantamentos, foi possível vincular no inquérito policial os diversos suspeitos de integrar o esquema criminoso a fatos ocorridos na região, corroborando a representação dos mandados judiciais, cumpridos hoje.
O delegado regional em Guaxupé, Fabiano Mazzarotto Gonçalves, pontuou a importância do trabalho policial: “Não obstante o enorme prejuízo material do metal subtraído, é necessário frisar a importância da ação para o homem do campo, sendo notável que por vezes a organização criminosa mirava transformadores em áreas isoladas pensando ser mais fácil não serem rastreados. Hoje mostramos que nenhum crime em zona rural ficará impune, e reforçamos o compromisso da Polícia Civil com o homem do campo”.
Responsável pela investigação, o delegado Tales de Souza Moreira ainda ressaltou a complexidade das apurações. “Trabalhamos de forma resiliente no último ano, coletando indícios pulverizados dos fatos, mas sempre com atenção máxima aos detalhes, o que foi o diferencial para conectar toda a teia criminosa dessa organização que hoje se vê atrás das grades”, concluiu.
Alta Voltagem
A operação foi batizada em referência ao foco da organização criminosa em subtração de cobre de unidades elétricas que trabalham com grande capacidade de carga, tendo em vista o valor do metal no mercado ilegal.
Das 29 prisões efetuadas na manhã desta terça-feira, três mandados são contra investigados já recolhidos em presídio por outros crimes. Os demais suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional e seguem à disposição da Justiça.
Para a ação policial, foram empenhados 120 policiais da região, além de equipes especializadas de unidades da PCMG sediadas da capital deslocadas para prestar auxílio. Houve ainda o emprego de 35 viaturas policiais e um helicóptero no apoio aéreo.
Fonte: Polícia Civil de MG
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.