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Rural

Exportações do Rio Grande do Sul superaram US$ 16 bilhões em 2023

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As exportações agrícolas do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 16,2 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões, pelo câmbio atual) em 2023, marcando um leve aumento de 0,1% em relação ao ano anterior.

Esse valor estabelece um recorde pelo terceiro ano consecutivo desde o início dos registros em 1997, correspondendo a 72,7% do total das exportações estaduais. Em termos numéricos, o crescimento foi de US$ 16,9 milhões, com esse montante representando 72,7% do total exportado pelo estado.

Os dados, publicados no relatório Indicadores do Agronegócio do RS pelo Departamento de Economia e Estatística sob a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, indicam que o quarto trimestre de 2023 viu US$ 4,1 bilhões em vendas externas, uma redução de 7,9% em relação ao ano anterior. Contudo, este foi o segundo melhor desempenho para o período na história.

O estudo, destaca a recuperação nas exportações de soja, alcançando US$ 6,3 bilhões, um aumento de 13,8%, mesmo após uma severa seca em 2022. A produção de soja, afetada pela falta de chuvas, foi 35,9% maior que no ano anterior, com uma colheita de 12,7 milhões de toneladas. Para 2024, espera-se uma produção de 21,4 milhões de toneladas de soja.

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O tabaco também teve bom desempenho, com exportações totalizando US$ 2,5 bilhões, um aumento de 15,2%, o maior valor nominal registrado na série histórica. Este aumento foi parcialmente impulsionado por um crescimento de 27,5% nos preços médios do tabaco não manufaturado. Por outro lado, houve declínios nos setores de carnes, cereais, produtos florestais e maquinário agrícola.

A soja se destacou nas exportações, com a soja em grão e o farelo de soja vendo aumentos significativos em valor, enquanto o óleo de soja experimentou uma queda.

No setor do tabaco, a exportação de tabaco não manufaturado aumentou, refletindo uma tendência de processamento interno do tabaco de outros estados. As vendas de carnes enfrentaram reduções, especialmente na carne de frango e bovina, com quedas também observadas nos preços médios de todos os produtos do segmento.

Os produtos florestais, liderados pela celulose, sofreram com a diminuição dos preços internacionais e demanda mais fraca, enquanto os cereais experimentaram uma queda notável nas exportações de trigo, afetadas pela qualidade dos grãos após chuvas excessivas.

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Principais destinos de exportação incluíram a China, União Europeia, Estados Unidos, Vietnã e Indonésia, com a China mantendo-se como o maior comprador, especialmente de soja em grão.

O estado fechou o ano com 369.415 empregos formais no agronegócio, refletindo um aumento de 4.437 postos em relação ao ano anterior. Os setores que mais geraram empregos foram o comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais e a produção de lavouras temporárias.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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