Rural
Tecnologia agrícola 4.0 impulsiona produtividade no campo
O campo brasileiro está passando por uma revolução silenciosa impulsionada pela tecnologia. Máquinas agrícolas autônomas, plantadeiras que se autorregulam, irrigadores precisos e sistemas de gestão conectados estão elevando os patamares de produtividade nas fazendas do país.
Conforme a Embrapa, o Brasil está avançando rumo à agricultura digital, conhecida como Agro 4.0, utilizando métodos computacionais avançados, redes de sensores, comunicação máquina a máquina e tecnologias como big data e internet das coisas para otimizar a produção agrícola.
A conectividade tem sido um impulsionador fundamental dessa transformação, permitindo o gerenciamento remoto das operações agrícolas e a coleta de dados em tempo real para otimização de processos. De acordo com a Conectar Agro, a cobertura de conectividade no campo brasileiro aumentou significativamente nos últimos anos, melhorando a eficiência operacional e reduzindo custos.
Um exemplo dessa transformação é o projeto da Case IH em parceria com a TIM, que instalou um laboratório de agricultura digital em Água Boa, Mato Grosso. Os resultados mostram que a conectividade aumentou a produtividade em 18% e reduziu o consumo de combustível em 25%, resultando em economia financeira e ambiental significativa.
Além disso, a tecnologia está impulsionando o desenvolvimento de máquinas agrícolas inteligentes. A John Deere, por exemplo, investiu bilhões em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que permitem a análise de dados em todas as etapas do ciclo das lavouras, reduzindo o uso de defensivos e tornando a produção mais sustentável.
O lançamento do trator modelo MF 8S pela Massey Ferguson também representa um avanço, com seu sistema de monitoramento de frota e piloto automático que aumentam a eficiência e reduzem o impacto ambiental.
AUSTRÁLIA – Um grupo de pesquisadores da Charles Sturt University, na Austrália, criou um modelo de fazenda “sem as mãos” por meio de tecnologias Agro 4.0 no qual todos os processos são automatizados com a ajuda de robôs.
O empreendimento custou US$ 20 milhões (cerca de R$ 110 milhões) e consolida uma série de inovações na agricultura como inteligência artificial, tratores autônomos, sensores que monitoram plantações em tempo real, drones ou robôs para colheita de frutas e vegetais.
A fazenda de 1.900 hectares fica na região de Wagga Wagga, Austrália, e permite aos agricultores ficarem sentados atrás de telas enquanto os robôs colhem as plantações de alfaces, morangos e outros FLVs.
Com informações do Estadão
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.