Tribunal de Contas
Tribunal de Contas mineiro compartilha base de dados de advogados com a OAB nacional
Em sessão de Tribunal Pleno realizada hoje (10/04/2024), o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, conselheiro Gilberto Diniz, informou que foi celebrado um convênio com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional para compartilhamento da base de dados de advogados. O compartilhamento entra em operação na próxima semana. O TCEMG já tinha um convênio com a seção mineira da OAB que permitia o compartilhamento dos dados dos advogados registrados no Estado.
Este foi o pronunciamento do presidente sobre o tema, emitido no final da sessão regular de Tribunal Pleno: “Comunico, também, a celebração de convênio entre este Tribunal e a OAB nacional para compartilhamento da base de dados nacional de advogados.
Como é do conhecimento dos Senhores, o convênio celebrado há mais de uma década com a OAB, Seção de Minas Gerais, era restrito ao fornecimento da base de dados dos advogados mineiros.
Com o acesso à base de dados nacional de advogados, o Tribunal poderá realizar o cadastramento informatizado de advogado de qualquer seção da OAB, de forma automática, rápida e assertiva. O compartilhamento dessa base de dados se tornou necessário nos últimos anos, em razão do aumento considerável da atuação de advogados de outras unidades da federação em processos em tramitação neste Tribunal de Contas.
O compartilhamento da base de dados nacional de advogados entra em operação já na próxima semana.”
Na mesma sessão, o presidente Gilberto Diniz informou que também já havia apresentado o relatório das atividades referentes ao quarto trimestre e o consolidado de 2023, a ser enviado à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Márcio de Ávila Rodrigues/Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.