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Minas Gerais

Bárbara Heliodora passa a integrar o Panteão dos Inconfidentes

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Museu Regional de São João del-Rei

A poeta e heroína da Inconfidência Mineira, Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira foi homenageada na cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, neste domingo (21/4), em Ouro Preto, por sua participação ativa no período emblemático da história de Minas Gerais, em 1789.

Durante a cerimônia, o Museu da Inconfidência recebeu uma porção de terra do túmulo onde a poeta esteve enterrada, em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, desde 1819. Os despojos foram levados até o Panteão dos Inconfidentes pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, acompanhado da primeira dama Christiana Renault, esposa do vice-governador mineiro, Professor Mateus.

Bárbara Heliodora nasceu em 1759, em São João del-Rei, e foi casada com o inconfidente Alvarenga Peixoto. Membro da aristocracia, a poeta teve uma excelente educação, gostava de música e poesia, se tornou uma das pioneiras da literatura brasileira. Heliodora e Alvarenga Peixoto cediam a casa para as reuniões do movimento, daí veio o título de “Heroína da Inconfidência Mineira”.

No Panteão dos Inconfidentes, a lembrança de Bárbara Heliodora ficará ao lado de outros inconfidentes, como Tiradentes e o marido Alvarenga Peixoto. A oficialização da poeta entre os heróis da Inconfidência Mineira representa uma forma de corrigir um equívoco histórico, já que à época, por ser mulher, a ativista não obteve o devido reconhecimento como parte indissociável da memória de nosso estado.

O vice-governador, Professor Mateus, acredita que a homenagem marca a integração de Bárbara Heliodora dentro do reconhecimento da conjuração.

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“Durante muito tempo se questionou qual é o papel de Bárbara Heliodora no movimento da Inconfidência, e trazer os despojos dela para se juntar aos do seu marido no museu, ao lado dos inconfidentes, mostra respeito e consideração à história de uma mulher que representou muita convicção mineira na defesa da liberdade”.

Marco Evangelista / Imprensa MG

Ele destaca ainda a firmeza demonstrada pela homenageada, tal qual a simbologia que Tiradentes representa para os Inconfidentes. Tiradentes representa a liberdade como Bárbara Heliodora representa a convicção em uma causa. Acho que tivemos a oportunidade neste ano de reforçar que a liberdade não é somente um valor e é preciso uma convicção para a defesa dessa liberdade. E Bárbara Heliodora representa muito bem essa convicção”.

Memória respeitada

O teatrólogo Icaro Claudinei Alba, de 56 anos, descendente da inconfidente homenageada em 2024, frisa a importância que isso traz para o reconhecimento tão almejado pela família.

“Estamos há alguns anos tentando colocá-la no Panteão junto com os outros homens que participaram da Inconfidência Mineira. Ela foi escritora, ajudou o marido a não entregar os demais inconfidentes, que estavam sob risco de morte”, conta.

“É aqui em Ouro Preto com os inconfidentes que nasce o ideal de liberdade diante de Portugal e que também nasce a literatura e a arte do Brasil. Hoje ela não pertence mais à minha família, ela é um mito, um ideal de liberdade e cultura que pertence ao Brasil todo. A memória de Bárbara Heliodora é um exemplo não só pra mim e pra minha família, mas para toda pessoa que quer fazer algo de bom para o Brasil, mesmo que ao custo de um sacrifício pessoal, da sua família e da sua comunidade”, celebra Ícaro, que ajudou a desembargadora Mônica Sifuentes, presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª região (TRF-6), a escrever seu livro “Um Poema para Bárbara”, em 2014.

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Cristiano Machado / Imprensa MG

Mônica Sifuentes também acompanhou o governador e a primeira-dama na cerimônia em que levaram os despojos da poeta até o Panteão dos Inconfidentes. “Isso resgata a importância da mulher nesse movimento, coisa que até pouco tempo atrás não era colocado em evidência, a Inconfidência Mineira era um movimento feito especificamente por homens” pontua Mônica Sifuentes.

A presidente do TRF-6 lembra que a ideia de ter Bárbara Heliodora no Panteão já tinha sido cogitada em 1949, quando o espaço passou a receber a lembrança dos demais inconfidentes. Quando ela sugeriu esse ato, nos últimos anos, a proposta foi aceita e tocada em conjunto pelo prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), Leônidas de Oliveira, pelos descendentes e pela diretoria do Museu dos Inconfidentes.

“Agora, a História está recuperando essa participação feminina no movimento, uma participação intensa e forte que possibilitou que o movimento se espalhasse inclusive depois que os principais membros foram condenados, elas tiveram que suportar os efeitos daquela condenação, demonstrando a força e a bravura da mulher mineira”, complementa Mônica Sifuentes.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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