Minas Gerais
Projeto realizado no Presídio de Tupaciguara completa um ano com 11 frentes de trabalho em prol da ressocialização
O Presídio de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, tem muito a comemorar. O projeto Caminhos da Liberdade, voltado para a ressocialização e a profissionalização dos detentos, completa um ano de funcionamento neste mês de abril com 11 áreas de atuação em pleno funcionamento.
A última adesão ocorreu recentemente na fábrica de costura. Uniformes para a limpeza urbana municipal de Uberlândia e materiais EPIs para a área de plantio rural (conjuntos para aplicação de herbicidas) estão sendo confeccionados por meio de parceria entre o presídio e a empresa VDM. Setenta peças são fabricadas diariamente. Quatro detentos foram treinados no início do mês e, desde então, realizam os trabalhos. Além da profissionalização, cada um deles recebe remuneração e remição de sentença.
Augusto Silva Lucato, 30 anos, é um dos detentos que trabalha na oficina. “O Caminhos da Liberdade proporciona pra nós qualificação profissional e ressocialização mais digna”, diz.
A fábrica de costura é só uma das pontas do projeto, que funciona em outras dez frentes.
Entre os destaques está uma fábrica de fraldas e absorventes, do projeto Liberdade em Ciclos. Instalada há apenas três meses, já produz diariamente 1,6 mil absorventes, que são distribuídos para as unidades prisionais. O excedente é ainda doado para instituições que atendem pessoas em vulnerabilidade social e escolas. Somam-se a ela uma fábrica de artefatos de concreto e ainda outras fábricas de lençóis, de sacos de lixos e de telas e alambrados.
Parcerias
As parcerias de trabalho também fazem parte do projeto e garantem que os custodiados atuem em várias áreas, como a parceria com a Prefeitura de Tupaciguara, que emprega detentos na limpeza urbana, e as parcerias com o Fórum e a Polícia Civil para manutenção dos prédios públicos.
Para fechar, o projeto promoveu a criação de sala de estudos e projetos multifuncionais que oferecerá cursos superiores, técnicos e palestras para os detentos, além da capacitação para servidores e, ainda, a inauguração de uma lavanderia e uma barbearia.
Atualmente, 25 detentos participam das oficinas e frentes de trabalhos do projeto.
“Além de qualificar os privados de liberdade, oferecendo melhores oportunidades após o cumprimento da pena, o Caminhos da Liberdade ainda proporciona mais dignidade e humanização durante o cumprimento da sentença”, finaliza o diretor da unidade, Mário Henrique da Silva.
Outras frentes
Para além dos trabalhos realizados no Caminhos para a Liberdade, o Presídio de Tupaciguara conta ainda com 70 detentos inseridos nos projetos de remição pela leitura, quatro em trabalhos com empresas parceiras e quatro na manutenção da unidade prisional.
Outros trabalham ainda sob demanda em outras parcerias.
Com capacidade para 104 custodiados, a unidade possui quase a totalidade dos detentos inseridos em alguma atividade de trabalho, oficina ou estudo.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.