Minas Gerais

Inclusão e direitos de pessoas com deficiência são discutidos em fórum realizado pela Sedese

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A segunda-feira (6/5) foi marcada pelo Fórum Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Minas Gerais.

O encontro virtual, promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), debateu a inclusão e garantia de direitos das pessoas com deficiência.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, afirmou que as políticas públicas ali discutidas “não só vão ser levadas à Conferência Nacional, mas também vão ser incorporadas nas ações do estado”.

O tema do fórum foi “Um Brasil com mais inclusão”. Para Elizabeth Jucá, só o diálogo construtivo e plural pode superar esse desafio.

“Um Brasil com mais inclusão perpassa por todas as áreas: pela saúde, pela educação, pelo esporte, pelos direitos humanos e pela infraestrutura. Nós temos que ter momentos como esse, de inclusão e de equidade”, afirma.

Ao longo das mais de 11 horas de evento, foram discutidas estratégias para a inclusão das pessoas com deficiência, garantia de acesso às políticas públicas, financiamento dessas políticas, acessibilidade e desafios de comunicação universal.

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Além de analisarem propostas da Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em 2021, as pessoas presentes também elegeram delegados de Minas para a 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que acontece em Brasília entre 14 e 17/7.

Jimi Paradesporto

Durante a reunião, a secretária Elizabeth Jucá citou, entre outras políticas públicas inclusivas para pessoas com deficiência promovidas pela Sedese, os Jogos do Interior de Minas Paradesporto (JimiP).

A competição estimula a prática de esportes, promove o desenvolvimento do paradesporto no estado e espalha conhecimento sobre a prática esportiva para pessoas com deficiência.

As inscrições para municípios aderirem ao programa ficam abertas até 22/5, e podem ser feitas no site oficial. O evento está previsto para acontecer em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, entre 31/10 e 3/11.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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