Minas Gerais

Governo de Minas realiza missão nos EUA em busca de novos investimentos e apresenta resultados de um ano do Vale do Lítio

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Uma comitiva do Governo de Minas, chefiada pelo governador Romeu Zema cumpre, entre os dias 11/5 e 18/5, agendas oficiais nos Estados Unidos, em Nova Iorque, Wayne (Pensilvânia) e Washington. O objetivo da missão internacional é prospectar novos investimentos para a cadeia de produção do lítio no estado e buscar novas parcerias entre empresas americanas e Minas Gerais, gerando emprego e renda para os mineiros.

Na agenda, um evento especial vai mostrar resultados da transformação socioeconômica na região do Vale do Jequitinhonha trazida pelo projeto Vale do Lítio, lançado em maio de 2023 na Nasdaq, maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação, localizada em Nova Iorque. A iniciativa acaba de completar um ano.

Ao longo da missão, a comitiva mineira também participará de reuniões e eventos com empresários e investidores norte-americanos, com o objetivo de formalizar novas parcerias de investimentos entre Minas Gerais e os EUA. Os encontros ainda representam uma oportunidade para promover o Destino Minas Gerais, potencializando a geração de empregos.

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Missão internacional

A série de compromissos nos Estados Unidos faz parte do programa de atração de investimentos do Governo de Minas que, a cada ano, aprimora os seus resultados, gerando desenvolvimento e empregos em todo o estado.

Desde 2019, a atual gestão atraiu R$ 409 bilhões de recursos privados para 713 projetos instalados em 270 municípios mineiros.

Acompanham o governador Romeu Zema nesta missão internacional os secretários de Estado da Casa Civil (SCC), Marcelo Aro, de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio; de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Bruno; o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga; e o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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