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Minas Gerais

Prevenção à hantavirose exige cuidados redobrados em ambientes rurais

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Apesar de pouco conhecida, a hantavirose é uma doença recorrente em Minas Gerais.

Com alta taxa de letalidade, é transmitida por roedores silvestres e acomete, principalmente, trabalhadores rurais, durante os períodos de seca, quando ocorre o processo de armazenamento de grão em atividades laborais ligadas à agricultura.

Nos últimos dez anos, foram confirmados 56 casos da forma síndrome cardiopulmonar por hantavirus (SCPH) em Minas Gerais. Do total de casos, 29 pessoas evoluíram para óbito. Isso significa que a letalidade é mais de 52%.

A referência técnica da Vigilância das Hantaviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Andréia Roberto Santos, explica que o combate à doença exige medidas preventivas de higiene, principalmente, nas áreas rurais.

Segundo a técnica, os roedores costumam procurar por alimento e abrigo em locais utilizados para armazenamento de grãos.

“Não existe vacina contra a hantavirose. Até o momento, a prevenção baseia-se em medidas que impedem a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais”, disse.

Assim, para evitar a doença, é necessário impedir a aproximação dos roedores aos ambientes de vivência dos humanos.

Recomenda-se, por exemplo, roçar os terrenos em volta das casas, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores.

A doença

A hantavirose é uma doença zoonótica aguda causada por vírus. Os reservatórios do agravo são os roedores silvestres, principalmente o ratinho do cerrado (Necromys lasiurus), que está amplamente disseminado nos ambientes de cerrado e caatinga em Minas Gerais e no restante do país.

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A transmissão para os humanos ocorre de maneira mais frequente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, das fezes e da saliva desses animais infectados.

Outras formas de transmissão são por meio de escoriações cutâneas, mordedura de roedores, pelo contato do vírus com as mucosas (olho, boca ou nariz) ou pela contaminação das mãos com as excretas dos roedores.

A infecção humana pode variar desde assintomática ou doença aguda febril inespecífica e autolimitada até suas formas clássicas, conhecidas como febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR) e síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH).

Sintomas

Febre, dores musculares, dor lombar, dor abdominal, cefaleia, alterações respiratórias e sintomas gastrointestinais são sintomas comuns dessa infecção.

Segundo Andréia Roberto, uma vez que eles se confundem com os de outras doenças, é muito importante buscar por atendimento médico para diagnosticar a hantavirose por meio de exames específicos.

“É uma doença com sintomas iniciais muito parecidos com a dengue, a gripe, a febre amarela e a leptospirose. Isso pode levar o paciente a permanecer em casa ou a realizar tratamento inadequado. Mas a hantavirose precisa ser tratada de forma rápida, porque quando uma pessoa infectada demora a procurar o serviço de saúde, ela pode entrar na fase grave, que possui cerca de 60% de índice de letalidade”, alerta.

Diagnóstico e tratamento

A orientação é de que o paciente procure atendimento médico em uma unidade de saúde assim que observar os sintomas similares aos da hantavirose, para que seja feita uma avaliação clínica.

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O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza todo o suporte para atendimento, diagnóstico, testagem e tratamento para a doença.

O método de testagem, que está disponível no SUS, é o ensaio imunoenzimático (Elisa). O exame laboratorial é um método efetivo, realizado na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

“Apresentando sinais e sintomas similares aos da hantavirose, a pessoa deve se dirigir a uma unidade básica de saúde e relatar aos profissionais se teve contato com roedores silvestres ou urina e fezes deles, mesmo que secas. Também deve relatar se esteve em áreas rurais ou de mata que possibilitasse esse contato”, explica Andréia.

O tratamento da doença é baseado nos sintomas clínicos e realizado em unidades de saúde do SUS. Não existem antivirais específicos para hantavírus.

Campanha

Durante o mês de maio, a SES vai divulgar informações sobre a doença com foco especial para alertar os residentes de áreas rurais e peri-urbanas próximas a vegetação de mata nativa, áreas agrícolas e desmatadas.

O objetivo da campanha é informar as pessoas sobre a hantavirose e as formas de prevenção, contribuindo para a diminuição dos casos e, principalmente, da letalidade causada pela doença.

“É essencial divulgar informações oficiais e confiáveis para sensibilizar a população sobre os riscos da hantavirose e as medidas preventivas, incentivando a busca por ajuda médica precoce e a adoção de práticas de prevenção adequadas”, explica Andréia Roberto.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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