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Tribunal de Contas

Auditoria do TCEMG avalia medidas para enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas no Estado

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Com o objetivo de avaliar as medidas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas promovidas pelo Estado de Minas Gerais, o TCEMG iniciou, no mês passado, uma Auditoria Operacional com o tema “Ações voltadas para os impactos das mudanças climáticas no Estado”. Analistas do Tribunal de Contas mineiros verificaram, conforme dados obtidos do painel elaborado pela Defesa Civil do Estado, que Minas Gerais tem 96 cidades em situação de emergência decorrente de desastres relacionados às chuvas; 177 municípios, em anormalidade pela seca ou estiagem e, 15 municípios, por outros desastres, entre eles, doenças infecciosas virais.

“Considerando a importância do tema, os Tribunais de Contas ocupam uma posição especial, capaz de contribuir com a promoção do desenvolvimento sustentável e com o aperfeiçoamento da gestão pública ambiental. Desse modo, verifica-se cada vez mais a atuação dos Tribunais de Contas no sentido de fortalecer ações preventivas de mitigação e adaptação aos riscos decorrentes dos impactos das mudanças climáticas, bem como a minimização de desastres climáticos e a utilização eficiente de recursos públicos”, pondera Antônio Henrique Cunha, coordenador de Auditorias Operacionais em exercício.

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Para auxiliar na auditoria, a Diretoria de Fiscalização Integrada e Inteligência, que coordena as ferramentas tecnológicas no TCEMG, elaborou um painel com dados sobre informações de vulnerabilidade às mudanças climáticas nos municípios mineiros. O produto desenvolvido permite a análise de oito índices relacionados ao tema, extraídos de informações do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC), do Sisema/MG, e do Adapta Brasil, do Ministério de Ciência e Tecnologia do Governo Federal (MCTI).

A auditoria, incluída no Plano Anual de Fiscalização (PAF) de 2024, encontra-se na fase de planejamento. Para definir as questões de auditoria, analistas do Tribunal já realizaram reuniões presenciais e remotas com especialistas do tema no Brasil, como Nathan Barros, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Wesley Matheus, chefe de gabinete da Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento e Orçamento (SMA-MPO); o climatologista e meteorologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Michelle Simões Reboita, professora de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, professor do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP e diretor do CCARBON/USP (Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical).

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Informações

Os gases de efeito estufa (GEE) existem naturalmente na atmosfera e são responsáveis por manter a Terra mais quente do que ela poderia estar. No entanto, as ações provenientes das atividades humanas, como a geração de energia, atividades industriais, a produção agrícola, a urbanização e o desmatamento têm acentuado a concentração desses gases na atmosfera, gerando um aumento na absorção do calor, provocando excesso de chuvas ou secas mais intensas.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estimou um prejuízo de R$105,4 bilhões causados por desastres ambientais, apenas no ano passado, no Brasil, afetando, pois, 37,3 milhões de pessoas. Os impactos foram observados em diversos setores: agricultura, pecuária, sistema de transportes, abastecimento de água potável, infraestrutura, habitação, indústria e comércios locais.


Lucas Borges / Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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