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Unimontes oferece atendimento psicológico gratuito aos estudantes

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A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) começa a oferecer atendimento psicológico gratuito à comunidade acadêmica, a partir desta terça-feira (14/5), em mais uma estratégia de atenção à Saúde Mental aos estudantes, no campus-sede de Montes Claros, no Norte de Minas. A iniciativa é da equipe de Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

A diretora do Centro de Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Cássia Pérola dos Anjos Braga Pires, explica que a meta é ampliar a ação futuramente. “Por uma questão de logística vamos iniciar o projeto no CCBS, mas, à medida que os psicólogos da universidade tiverem disponibilidade para atuarem como supervisores, iremos expandir o serviço para outras unidades da Unimontes”, informa.

Segundo ela, o atendimento surgiu a partir da necessidade de atividades práticas por parte dos residentes. Implantado neste primeiro semestre, o Projeto Cuidar foi aprovado pelos membros do conselho departamental da universidade.

A idealizadora do Projeto Cuidar e coordenadora do curso de Odontologia da Unimontes, professora Renata Francine Rodrigues Lima, disse que a meta é motivar os estudantes a procurarem o serviço para que tenham a ajuda adequada.

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“Os desafios acadêmicos, sociais e pessoais podem ser avassaladores e é normal sentir-se sobrecarregado ou perdido em determinados momentos. No entanto, buscar ajuda psicológica não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem”, observa Renata.

Ela reforça que a terapia oferece um espaço seguro e confidencial para os interessados explorarem pensamentos, sentimentos e preocupações, que vão desde ansiedade relacionada aos estudos, até questões de identidade e relacionamentos. “Estamos aqui para ajudá-lo a encontrar clareza e desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis”, completa a idealizadora do Projeto Cuidar.

O projeto piloto de atendimento será implementado no CCBS, com a proposta de ser ampliado para os acadêmicos de outros campi da Universidade. Para agendar um horário de atendimento, basta enviar um e-mail para cuidarunimontes@gmail.com.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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