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Tribunal de Contas

TCE recomenda que Estado apresente planejamento financeiro em casos de desastres ambientais

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O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) está recomendando ao governador Romeu Zema que seja incluído no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2025 um planejamento financeiro abordando questões relacionadas a riscos de natureza ambiental. O TCE recomendou que seja indicado, por exemplo, quais providências seriam adotadas caso o estado passe por um desastre de grande magnitude, como os rompimentos das barragens de Brumadinho e Mariana e também das fortes chuvas.

Essa recomendação e outras 19 estão contempladas no Relatório de Acompanhamento do Projeto de LDO, elaborado pela Coordenadoria de Fiscalização e Avaliação da Macrogestão Governamental do Estado (CFAMGE), que já foi encaminhado ao governador e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no início deste mês. Este relatório tem o objetivo examinar os aspectos fiscais do projeto da LDO e seus anexos e principalmente, sinalizar possíveis pontos de atenção, bem como examinar situações que possam vir a comprometer as finanças públicas estaduais.

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Dentre as recomendações feitas ao estado, o TCE chamou a atenção para o parágrafo único do artigo 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que a relação de obras seja amplamente divulgada pelo Poder Executivo até a data do envio do projeto de lei ao Legislativo, o que, “aparentemente, não foi cumprido pelo estado”.

A CFAMGE levantou outro “sinal de alerta”. Segundo o relatório na expectativa de homologação do Plano do Regime de Recuperação Fiscal do Estado, as projeções de renúncias fiscais “deveriam estar em queda de, no mínimo, 20% nos três anos de vigência do Regime, mas, pelo contrário, tiveram aumento percentualmente mais expressivo”.

A coordenadora da CFAMGE, Ana Carolina de Macedo Lanna, explicou que o objetivo do relatório não é sancionar ou responsabilizar gestores públicos, pelo contrário, busca-se, de forma cooperativa, contribuir para a melhoria da gestão pública, com a intenção de assegurar que os recursos sejam utilizados com eficiência e probidade.

“A análise do PLDO é um trabalho realizado pela Cfamge pelo segundo ano consecutivo e, a cada ano, conseguimos notar o quão importante ele é. Por ser um instrumento fundamental para o planejamento do Estado, em termos de estabelecer de forma clara diretrizes e metas para o Estado, fundamentar decisões quanto a riscos e medidas para saneá-los, ter a oportunidade de contribuir com isso, em alguma medida, reforça a importância do controle externo concomitante realizado pela nossa instituição”, afirmou a coordenadora.

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Felipe Jácome/Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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