Minas Gerais

Estado promove Primeiro Encontro Regional de Controle Interno dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Em ação inédita do Governo de Minas, por meio da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG) e da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE/MG), em parceria com a Controladoria-Geral do Município Teófilo Otoni, foi realizado, nesta-terça-feira (18/6), o Primeiro Encontro Regional de Controle Interno dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, no Expominas de Teófilo Otoni.

O evento contou com a participação de gestores, controladores, ouvidores, servidores municipais e estaduais da região, com o objetivo de fortalecer a rede de Controle Interno dos Vales.

Palestras e oficinas convidaram os presentes a pensarem em soluções inovadoras para os desafios locais e promoveram a cultura da ética e da transparência na gestão pública.

“O evento foi um marco para o fortalecimento dos municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Pela primeira vez reunimos, em um mesmo espaço, servidores municipais e estaduais que atuam no Controle Interno na região. Ao lado deles, compartilhamos boas práticas de governança e discutimos a aplicação de novas tecnologias para uma gestão pública cada vez mais eficaz”, destacou a ouvidora-geral adjunta do Estado, Gabriela Siqueira.

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“Apresentamos boas práticas para os gestores e servidores e, desta maneira, contribuímos para fortalecer a rede de Controle Interno local. A capacitação oferecida foi muito rica, com uma diversidade de oficinas que trataram de temas relevantes para a gestão pública, como a integridade e a transparência, a Nova Lei de Licitações e Contratos, bem como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”, enfatizou a controladora-geral adjunta do Estado, Luciana Cássia Nogueira.

O controlador-geral do município de Teófilo Otoni, Heberton Onofri, enalteceu a importância deste primeiro Encontro Regional para a consolidação das boas práticas de Controle Interno entre os municípios.

“Um evento ímpar e o primeiro em nossa região, em que pudemos fomentar a transparência, a ética e a efetividade da administração pública”, pontuou.

Canais de atendimento

Os cidadãos podem registrar denúncias, reclamações, solicitações, sugestões e elogios pelos canais de atendimento da OGE/MG:

– Bel, assistente virtual da OGE/MG – (31) 3915-2022 (Whatsapp)

– Site: www.ouvidoriageral.mg.gov.br

– Aplicativo MGApp, Ouvidoria na palma da mão (disponível para Android e IOS)

– Telefones: 162, Disque – Ouvidoria e 136, Disque – Saúde

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Fonte: Agência Minas

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A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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