CULTURA

O Guardião da História e da Cultura do Sul de Minas”

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Juliano Pereira de Souza é muito mais do que um contador de histórias. Policial militar, genealogista, pesquisador e historiador, ele se dedica, desde 2009, à nobre tarefa de preservar a memória cultural de Alpinópolis e do Sul de Minas Gerais. Seu trabalho consiste em mergulhar nas histórias e tradições da região, entrevistando especialmente idosos e registrando os “causos” que compõem a rica tapeçaria da cultura local.

Essa paixão pela história já resultou em importantes obras literárias, como Ventania: Valorizando Nosso Povo (2020) e Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas (2021). Este último ganhou uma nova dimensão em 2024 com a criação de uma página online financiada pela Lei Paulo Gustavo (LPG), que ampliou seu alcance e despertou ainda mais o interesse do público. O sucesso foi tanto que, em 2025, Juliano lançará a segunda edição de Caminhando pela História, enriquecida com novos conteúdos e homenagens a personagens locais e regionais.

Projetos em Andamento

Juliano segue expandindo sua contribuição para a historiografia mineira com novos projetos:
• A Genealogia da Família de Ana Teodora de Figueiredo – Dona Indá: Uma profunda pesquisa genealógica que explora as raízes de importantes famílias do Sul de Minas.
• Tradições de Minas – Reinado: A Festa do Povo: Um estudo abrangente sobre manifestações culturais como as Congadas, Moçambique, Pastorinhas e Companhia de Reis, baseado em relatos orais, documentos e registros fotográficos.
• A Fuga das Famílias – Do Velho ao Novo Mundo: Um resgate histórico das trajetórias de famílias judaicas perseguidas, desde sua fuga da Europa até sua chegada ao Sul de Minas, com foco em suas histórias e genealogias.

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Juliano também colaborou com outras obras de destaque, como A Linhagem da Família Brasileiro e Alves de Figueiredo, da professora Irene Gonçalves Brasileiro Freire, e O Sentido das Águas, da Editora Plus Info, que exalta as tradições das cidades banhadas pelo Lago de Furnas.

Reconhecimento e Impacto Cultural

O trabalho de Juliano tem recebido amplo reconhecimento. Em 2022, ele foi homenageado pelas escolas Albertino Gonçalves dos Reis e Domingos Gonçalves de Lima, além de receber uma Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Alpinópolis. Em 2024, participou da primeira Feira Literária da cidade, onde suas obras foram tema de estudo e apresentação pelos alunos, reforçando a relevância de seu trabalho para a formação cultural da comunidade.

Além de seus livros e pesquisas, Juliano tem se destacado ao utilizar novas tecnologias para alcançar um público mais amplo. Participando de podcasts e mídias sociais, ele mantém viva a tradição oral e conecta gerações com as histórias que coleta. Em palestras realizadas em escolas, ele inspira jovens e promove o interesse pela história local.

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Um Memorialista Nato

A importância do trabalho de Juliano é amplamente reconhecida por especialistas. Conceição Lima, renomada educadora e escritora, destaca o talento de Juliano para a narrativa histórica:

“Juliano é um dos maiores talentos de que tenho notícia no gênero memorialista. Ele domina intuitiva e tecnicamente a arte de contar histórias de vida. Cada projeto literário anunciado por ele passa a ser ansiosamente esperado pelos leitores, especialmente os sul-mineiros.”

Conceição, Mestre em Educação pela UFSCar e Doutora em Letras pela UNESP, finaliza:
“A ele os meus melhores votos de sucesso na carreira literária e na vida pessoal.”

Guardião das Memórias

Juliano Pereira de Souza é, acima de tudo, um guardião das memórias e tradições de sua terra. Seu trabalho é um ato de amor pela história e cultura do Sul de Minas, inspirando futuros historiadores a continuar a missão de preservar o passado para as próximas gerações. Suas histórias não apenas conectam, mas também imortalizam a identidade de um povo.

Capa do livro Caminhando Pela História – publicado em 2023 de autoria do escritor Juliano Pereira

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ENTRETENIMENTO

Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto

Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

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Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.

Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.

Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.

Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.

Ali, o tempo parecia suspenso.

Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.

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“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.

Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.

Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.

Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.

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Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.

Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.

“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.

Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

 

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!

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