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Cachaça mineira ganha destaque no Carnaval

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Patrimônio cultural de Minas Gerais, a cachaça ganha cada vez mais destaque no Carnaval mineiro, impulsionando um setor que cresce em produção, exportação e reconhecimento. Maior produtor da bebida no Brasil, Minas Gerais conta com 504 cachaçarias registradas, representando 41,4% do total nacional. O setor segue em expansão: de acordo com o Anuário da Cachaça 2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil registrou um crescimento de 7,8% no número de cachaçarias em 2023, com Minas Gerais liderando esse movimento com 2.144 produtos registrados, o que corresponde a 35,7% das cachaças do país.

Além do crescimento interno, a cachaça mineira tem alcançado reconhecimento internacional. Em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 20 milhões da bebida, consolidando-se como um dos principais produtores mundiais. Destinos como Paraguai, Alemanha e Estados Unidos destacam-se entre os principais mercados consumidores, onde a qualidade da produção artesanal mineira é amplamente reconhecida.

Cachaça: patrimônio e identidade cultural

A importância da cachaça para Minas Gerais vai além da economia. Produzida artesanalmente em alambiques, a bebida reflete a tradição e a riqueza cultural do estado, sendo uma herança preservada por produtores que inovam para atender a um mercado cada vez mais exigente.

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Segundo o produtor rural e presidente da Comissão Técnica da Cachaça de Alambique da Faemg, Roger Sejas, o Carnaval representa um momento estratégico para os produtores de cachaça, com a expectativa de aumento nas vendas e a oportunidade de ampliar o consumo de produtos de qualidade.

“A cachaça tem se consolidado não apenas como uma bebida tradicional, mas como base para coquetéis sofisticados, desenvolvidos por bartenders experientes. Os drinks prontos, ou RTDs (Ready to Drink), vêm ganhando espaço, especialmente entre o público jovem, por sua praticidade e variedade de sabores. Que este Carnaval seja uma oportunidade de valorização da cachaça artesanal, do consumo consciente e da diversidade de produtos”, destacou Sejas.

Novos sabores conquistam os foliões

A tradicional caipirinha segue como um dos drinks favoritos do Carnaval, mas novas combinações prometem ganhar espaço entre os foliões. A instrutora do Senar Minas Lívia Maia acredita que o aumento do consumo das bebidas prontas reflete uma tendência cultural importante, especialmente no Brasil, onde a cachaça é um produto tipicamente nacional.

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“Durante o Carnaval, o consumo da cachaça ganha destaque, sobretudo em sua versão branca, amplamente utilizada em coquetéis. Essa categoria da bebida serve como porta de entrada para que consumidores conheçam a diversidade e a complexidade das cachaças armazenadas e envelhecidas em madeiras como carvalho, amburana e jequitibá, que conferem perfis sensoriais únicos”, explica Lívia. 

Segundo a instrutora, a cachaça branca é uma excelente base para drinks refrescantes, ideais para o período festivo. Um exemplo é o coquetel que combina a bebida com xarope simples, hortelã e limão, resultando em uma opção equilibrada entre dulçor, acidez e frescor. A adição de água com gás ou tônica proporciona ainda mais leveza, tornando-o adequado para o calor do verão e as celebrações ao ar livre.

“É essencial que o consumidor perceba o valor da cachaça dentro da coquetelaria e de nossa cultura gastronômica. Assim como o gin, que ganhou popularidade recentemente, a cachaça também pode oferecer experiências sensoriais ricas e versáteis, destacando-se como uma alternativa autêntica e representativa da tradição brasileira”, conclui.

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Sistema Faemg Senar debate impactos das mudanças climáticas na produção agropecuária

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Seminário integra a 16ª Semana de Integração Tecnológica e destaca soluções sustentáveis rumo à COP 30

Os eventos climáticos extremos têm gerado impactos cada vez mais severos na produção agropecuária e industrial. Esses fenômenos, porém, vão além dos prejuízos diretos no campo e nas fábricas — seus efeitos alcançam as esferas social, ambiental e econômica, exigindo respostas urgentes e articuladas.

Para estimular a reflexão sobre esses desafios e apresentar caminhos rumo a uma produção mais sustentável e resiliente, o seminário “Mudanças Climáticas e a Produção Agropecuária: COP 30 e os Desafios para o Desenvolvimento Sustentável” reuniu especialistas do setor produtivo mineiro durante a programação técnica da 16ª Semana de Integração Tecnológica (SIT 2025). O evento, promovido pela Embrapa Milho e Sorgo, acontece de 5 a 9 de maio, em Sete Lagoas (MG), com o tema central “A Jornada pelo Clima rumo à COP 30”.

A gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, que mediou o seminário, destacou: “A COP 30 será no Brasil, mas o protagonismo precisa vir do campo, da ciência, da tecnologia e de políticas públicas bem articuladas.” Ela também ressaltou o papel de Minas Gerais como referência em práticas sustentáveis, superando a mineração nas exportações e com produtores rurais atuando como protagonistas na preservação ambiental.

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O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso Alves, afirmou que muitos elementos da nova economia de baixo carbono já estão presentes na agricultura brasileira, como os sistemas integrados de produção. Segundo ele, “não há solução climática global sem o agro tropical — e não há agro tropical sustentável sem ciência, políticas públicas eficazes e valorização dos produtores responsáveis.”

O presidente da Associação da Indústria de Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Ferreira Campos, reforçou a importância do uso estratégico do território: “Território não é apenas chão, é decisão.”

A programação do seminário incluiu palestras e debates sobre:

  • os impactos das mudanças climáticas na produção agropecuária e agroindustrial;

  • inteligência territorial estratégica para aproveitamento de novas fronteiras agrícolas;

  • oportunidades no mercado de carbono, incluindo selos e o programa Renovabio;

  • tecnologias do programa ABC+, voltadas à adaptação, mitigação e sustentabilidade dos sistemas agropecuários.

Também foi apresentado o Movimento Central Mineira, que propõe o desenvolvimento planejado de uma nova fronteira agropecuária e agroindustrial na região central de Minas Gerais. Segundo o gerente executivo do INAES, Bruno Rocha, o projeto visa explorar o potencial ainda subutilizado da região, que reúne solo fértil, clima favorável, recursos hídricos e boa infraestrutura logística. “O objetivo é transformar essas vantagens em produtividade, promovendo mais desenvolvimento para o produtor mineiro”, concluiu.

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