Coluna Minas Gerais

Produtores destaque do ATeG são premiados na Fenamilho

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FAEMG SENAR | Divulgação

O segundo fim de semana da Fenamilho 2025, em Patos de Minas, foi marcado por eventos de grande relevância técnica, promovidos pelo Sistema Faemg Senar e pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas, com foco na capacitação e troca de experiências. Além disso, foram premiados produtores rurais que se destacaram no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na regional de Patos de Minas, bem como profissionais que conduziram as ações do programa.

A cerimônia destacou histórias de sucesso e resultados concretos alcançados por meio da metodologia ATeG, que promove o desenvolvimento sustentável, a gestão eficiente e o aumento da competitividade no campo.

Premiados:

  • Samuel Martins – ATeG Balde Cheio

  • Wale José Fernandes – ATeG Bovinocultura de Corte

  • Maria Soraia Guimarães – ATeG Café + Forte

  • Nilda de Oliveira – ATeG Olericultura

  • Donizetti Tomáz Rodrigues – Técnico Destaque

  • Wender Belchior Martins – Agente de Desenvolvimento Rural (ADR) Destaque

Samuel Martins começou na atividade com poucos animais. Em 2015, quase desistiu, mas em 2019 retomou com força, e, em 2022, iniciou no Programa ATeG.

“O ATeG trouxe uma mentalidade nova para a gente. O técnico nos ensinou a fazer uma gestão bem organizada. Nos profissionalizamos com cursos do Senar em Iraí de Minas, junto com o Sindicato dos Produtores Rurais. Um ponto muito importante foi que melhoramos bastante a nossa gestão. Também evoluímos no planejamento da produção de forragens: antes faltava muita silagem, e agora conseguimos produzir silagem para um ano e meio à frente. Além disso, passamos a usar inseminação artificial e adquirimos novos animais. Foi de muito proveito”, destacou Samuel.

“Nosso objetivo é mostrar os principais resultados alcançados pelos técnicos de campo, supervisores e produtores, levando à evolução da atividade, como é o caso do Samuel, que é um exemplo de sucessão familiar. Esse é um dos pilares trabalhados pelo Sistema Faemg Senar, além da busca constante por melhor qualidade e rentabilidade”, explicou o gerente de ATeG, Wender Guedes.

O evento contou com a presença dos presidentes dos Sindicatos dos Produtores Rurais (SPR) de:

  • Patos de Minas – Cleides Queiroz de Melo Júnior

  • Chapada Gaúcha – Carlos Alberto Maier

  • Iraí de Minas – Paulo Alves Cardoso

  • Lagoa Formosa – José Luiz dos Reis

  • Vazante – Mozart Alves de Lima

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Também estiveram presentes os gerentes regionais do Sistema Faemg Senar, Sérgio Coelho (Patos de Minas) e Ricardo Tuller (Uberaba).


Palestras

Com o objetivo de levar informação atualizada aos produtores rurais, foram realizadas palestras sobre pecuária de corte e leite, proporcionando aos participantes uma visão estratégica do setor, além de um espaço para diálogo direto com os especialistas.

Durante as palestras, os produtores tiraram dúvidas, compartilharam desafios e buscaram soluções práticas para aplicação no campo.

O médico veterinário e consultor master do Sistema, Helvécio Oliveira, conduziu a palestra “Mercado Pecuário e Oportunidades no Mercado de Corte”, reunindo produtores, técnicos e estudantes em uma discussão aprofundada sobre dados de mercado, manejo e perspectivas da bovinocultura de corte.

O presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faemg, Jônadan Ma, apresentou um panorama atual e as perspectivas do mercado do leite.

Já o consultor master do ATeG Balde Cheio, Walter Miguel Ribeiro, trouxe reflexões sobre gestão e eficiência na produção leiteira, com foco em boas práticas, redução de custos e aumento da produtividade.

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Coluna Minas Gerais

Agro mineiro bate recorde em exportações

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FAEMG SENAR | Divulgação

Sistema Faemg Senar divulgou balanço de 2025 nesta terça-feira (16/12)

O agronegócio de Minas Gerais consolidou, em 2025, mais um ano de forte desempenho. Esse foi um dos resultados apresentados no balanço divulgado nesta terça-feira (16/12), na sede do Sistema Faemg Senar, em Belo Horizonte. Com crescimento expressivo do Valor Bruto da Produção (VBP) e recorde histórico nas exportações, Minas Gerais reafirma seu protagonismo no cenário nacional e internacional.

“Minas Gerais alcança mais um recorde histórico com exportações que ultrapassam US$18,1 bilhões e crescimento expressivo do Valor Bruto da Produção, consolidando Minas como um dos maiores polos agropecuários do Brasil. O agro já responde por quase 44% de tudo o que Minas exporta, impulsionado principalmente pelo café, que vive um momento de forte valorização, além do avanço consistente em grãos, carnes e florestas plantadas. Esses resultados refletem ganhos de produtividade, tecnologia, gestão e abertura de mercados, confirmando a força e a competitividade do agro mineiro no cenário nacional e internacional”, afirma o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.

O VBP da agropecuária mineira avançou 15,2% em relação a 2024. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelos produtos agrícolas, que registraram crescimento de 17,1%, enquanto a pecuária apresentou alta de 11,9%, confirmando a força das principais cadeias produtivas do estado.

No comércio exterior, foram embarcadas 15,23 milhões de toneladas de produtos agropecuários mineiros, destinadas a 177 países. Houve expansão consistente das vendas para a União Europeia, Ásia, América do Sul e Oriente Médio. A receita cresceu quase 13%, mesmo diante de uma redução de 6,6% no volume exportado, evidenciando a valorização dos preços das commodities no mercado internacional.

O montante já supera o total exportado em 2024 e configura recorde para o período. As vendas externas do agronegócio responderam por 43,7% das exportações totais de Minas Gerais entre janeiro e novembro de 2025, mantendo o estado como o terceiro maior exportador do país, com participação de 11,7% no total nacional.

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Café lidera exportações

O complexo café permaneceu como o principal motor das exportações do agronegócio mineiro, respondendo por 56,1% do total. Foram US$ 10,15 bilhões em receita e 24,8 milhões de sacas exportadas, o equivalente a cerca de 70% de todo o café brasileiro destinado ao mercado externo.

Mesmo com produção menor — estimada em 25,8 milhões de sacas, queda de 8,3% em relação à safra anterior, a forte valorização dos preços garantiu crescimento de aproximadamente 45% na receita, consolidando Minas Gerais como referência global em qualidade, regularidade de oferta e rastreabilidade.

Além do café, outros setores também se destacaram. O complexo soja respondeu por 15,6% das exportações do agronegócio, com destaque para a soja em grãos, que somou US$ 2,82 bilhões e cerca de 7 milhões de toneladas, principalmente destinadas à China. O complexo sucroalcooleiro representou 10,3% do total, com o açúcar alcançando US$ 1,86 bilhão e mais de 4,3 milhões de toneladas, impulsionado pelo câmbio favorável e pela demanda de países do Oriente Médio e do Norte da África. Já o complexo carnes respondeu por 9,2% das vendas externas.

O café também se tornou uma alternativa de renda para produtores que enfrentam dificuldades com a crise no leite. Antônio de Salvo destacou o projeto piloto iniciado neste ano: “Leite com Café”, em Governador Valadares.

“A pecuária leiteira vive um dos momentos mais difíceis dos últimos anos, com margens apertadas, juros altos e concorrência desleal das importações, o que coloca milhares de produtores em situação de extrema vulnerabilidade. Considerando esse cenário, o ‘Leite com Café’ surge como uma alternativa real de diversificação de renda, permitindo que o produtor consiga equilibrar o fluxo de caixa, reduzir riscos e ganhar mais para conseguir permanecer no campo”.

Crédito Rural

Os resultados foram alcançados em um cenário que exige atenção. O crédito rural no país apresentou retração, influenciada pela elevação das taxas de juros, maior participação de recursos privados, aumento da inadimplência — em torno de 11%, segundo o Banco Central, eventos climáticos extremos e exigências socioambientais mais rigorosas.

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Em Minas Gerais, as contratações de crédito rural somaram R$ 20,41 bilhões entre julho e outubro de 2025, uma queda de 16% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do aumento de 4% no número de contratos, houve redução do tíquete médio, indicando maior pulverização dos recursos e uma postura mais cautelosa por parte dos produtores.

Perspectivas

Mesmo diante de um ano desafiador, marcado pelos impactos do chamado “tarifaço”, pela crise na pecuária leiteira e pelas adversidades climáticas, o setor avalia de forma positiva o ambiente de diálogo em Minas Gerais e reforça a importância de políticas públicas que assegurem condições adequadas de crédito, previsibilidade e instrumentos de proteção ao produtor rural, fundamentais para sustentar o crescimento da agropecuária no estado.

“Embora o cenário esteja muito positivo com recordes de exportação, e a consolidação do estado como um dos maiores produtores do Brasil, não podemos esquecer que no caminho ainda existem muitos desafios. O clima segue sendo um fator imprevisível e, sem políticas públicas estáveis, os produtores de leite, por exemplo, seguem em uma luta diária. O crédito rural, as taxas de juros elevadas e a concorrência externa ainda são um obstáculo que demandam atenção”.

Ao final da apresentação, De Salvo reafirma o protagonismo do estado.

“Precisamos olhar para o futuro com cautela, reforçando a necessidade de políticas agrícolas mais eficientes e a capacitação dos nossos produtores, para que possamos, de fato, garantir a sustentabilidade do agro mineiro a longo prazo. Minas deixou de ser das minas e das gerais para se afirmar definitivamente como Minas mais agro”, finaliza.

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