ENTRETENIMENTO
Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto
Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.
Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.
Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.
Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.
Ali, o tempo parecia suspenso.
Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.
“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.
Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.
Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.
Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.
Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.
Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.
“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.
Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!


ENTRETENIMENTO
Vice-governador de Minas participa de agenda com o PSD e reforça suspeitas de mudança partidária

BRASÍLIA, 17 de junho de 2025 – O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões, participou nesta terça-feira (17) de uma agenda oficial em Brasília em uma reunião que contou com a presença de ministros do governo Lula e lideranças do PSD em Minas Gerais. O encontro teve como pauta principal a implantação de um gasoduto entre Extrema e Pouso Alegre, no Sul de Minas, mas nos bastidores políticos, o gesto foi interpretado como um possível sinal de aproximação de Simões com o PSD, partido presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, que não apoiou Bolsonaro nas eleicoes de 2018 e 2022.
A reunião foi realizada no Ministério de Minas e Energia e contou com a presença do ministro Alexandre Silveira (PSD), do deputado estadual mineiro Cássio Soares (PSD), além de outros parlamentares e autoridades do governo federal. Durante o encontro, Simões defendeu o gasoduto como um vetor estratégico para o desenvolvimento regional, com previsão de investimento superior a R$ 500 milhões.
Apesar da pauta técnica, o contexto político do encontro levantou questionamentos. Mateus Simões, filiado ao Partido Novo, passou a ser observado como possível novo quadro do PSD, o que poderia indicar uma movimentação visando as eleições de 2026. Segundo analistas políticos, a aproximação pode sinalizar um realinhamento partidário, já que o PSD possui forte estrutura em Minas Gerais, com mais de 140 prefeituras e grande influência no interior do estado.
Para quem acompanha a trajetória de Simões, o movimento não seria inédito. Apesar de estar em seu primeiro mandato majoritário, ele atua na política há mais de 20 anos, tendo iniciado sua militância como líder jovem do PSDB, ligado aos ex-governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia.
Pelas narrativas nas redes sociais, o professor Mateus se coloca na contra-mão do governador Romeu Zema! Enquanto Zema detona Lula e a Esquerda , seu vice articula com os principais adversários do primeiro mandato.
A assessoria do vice-governador não confirmou qualquer intenção de mudança partidária, mas interlocutores próximos avaliam que a estratégia de Simões pode estar sendo construída para viabilizar um projeto eleitoral futuro, possivelmente uma candidatura ao governo de Minas em 2026.
Simões tem notório preparo técnico, falta apenas mostrar sua competência aos mineiros.
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