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Em resposta ao deputado Cássio Soares secretário de saúde pede isolamento social

Em resposta a Cássio Soares, secretário de saúde garante que isolamento ainda é necessário O secretário de saúde do Estado de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, reforçou a importância de se manter o isolamento social para a contenção do COVID-19, conhecido como o novo coronavírus, em resposta ao questionamento do líder do Bloco Liberdade e […]

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Em resposta a Cássio Soares, secretário de saúde garante que isolamento ainda é necessário

O secretário de saúde do Estado de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, reforçou a importância de se manter o isolamento social para a contenção do COVID-19, conhecido como o novo coronavírus, em resposta ao questionamento do líder do Bloco Liberdade e Progresso, o deputado estadual Cássio Soares. A conversa ocorreu na última semana, de maneira remota, no Plenário da Assembleia Legislativa, a fim de oferecer respostas aos municípios de Minas Gerais.

Segundo o parlamentar, os representantes dos municípios mineiros estão sendo indagados constantemente pela população, que vive momentos de incertezas desde que o coronavírus começou a se alastrar em território brasileiro. “A retomada da atividade econômica, da vida cotidiana das pessoas, do comércio e a questão do isolamento social realizado, desde o decreto aprovado em 20 de março, são alguns dos questionamentos feitos pelos moradores dos 853 municípios de Minas”, ressaltou o deputado.

“Todos os prefeitos estão sendo muito pressionados e nós, agentes políticos, partidários e fiscalizadores do Poder Público, não temos a autoridade, a meu ver, para dizer se o comércio deve ser reaberto neste momento ou não”, explicou Cássio, perguntando ao secretário qual a forma de enfrentar a pandemia e conter o avanço do vírus. “Esses esclarecimentos, da autoridade técnica e específica, são fundamentais para que tenhamos tranquilidade na forma de agir”, afirmou o deputado.

Em resposta, Carlos Eduardo Amaral disse que a “economia e saúde andam juntos e, nós temos que tentar ter o máximo de equilíbrio. Não existe nada que tenhamos com certeza, mas vamos dividir em três estágios: o imediato, curto prazo e a longo prazo. Para hoje, a orientação é o isolamento social, seguindo o decreto estadual, evitar a abertura dos comércios, não realizar aglomerações e evitar o contato estreito a menos de dois metros. Essas são as medidas que temos certeza que reduz a contaminação”, afirmou.

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Em médio prazo, o secretário diz ser necessário o estudo de como retornar com as atividades de maneira segura para todos, sendo o teste rápido eficaz para direcionar a retomada da capacidade produtiva, já que, se uma empresa realizar o teste rápido em seus funcionários e boa parte apresentar que está imune ao vírus (que se contaminou e está sem sintomas), estes podem retornar ao trabalho normalmente.

Ainda de acordo com o secretário, será realizado estudo, no qual o Governo do Estado em parceria com as cadeias produtivas, através de informações fornecidas pelas mesmas à Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerias, possam identificar quais áreas podem permanecer fechadas e quais devem voltar às atividades. “Baseado nesses estudos, a partir dos dados levantados e entregues pela Secretaria de Desenvolvimento à Secretaria de Saúde, será realizada uma avaliação, voltada para a saúde, de como retornar com as atividades gradativamente”, disse o secretário.

EPI’s

Outro ponto tratado na reunião foi a questão dos equipamentos de segurança pública para os profissionais de saúde, para que não ocorra mais casos de infecções dessa parcela, como aconteceu no Hospital Sírio-Libanês, que registrou quase 200 profissionais infectados pelo vírus, mesmo sendo um centro hospitalar que atende a classe alta do país e possui maior acesso aos equipamentos de proteção individual.

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De acordo com Cássio, a preocupação maior é se a contaminação começar a acontecer com os trabalhadores dos hospitais de classe baixa, visto que o uso dos EPI’s (equipamentos de proteção individual) é extremamente importante, especialmente neste momento. Primeiro, porque preserva a vida e a integridade dos profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate ao vírus. Segundo, porque preserva o sistema de saúde, pois cada profissional que precisa se afastar para se tratar, é um profissional a menos cuidando das pessoas e da comunidade.

“Como representante do povo mineiro, estou cobrando do Estado que destine os equipamentos às unidades de saúde de Minas Gerais. E faço um apelo aos trabalhadores da Saúde, peço que se cuidem, que usem os aparatos necessários para que suas vidas também sejam preservadas”, pede Cássio.

Nesse sentido e por meio da solicitação do deputado Cássio, que a Prefeitura Municipal de Passos recebeu recurso de emenda parlamentar proveniente do orçamento da União, no valor de R$ 589 mil, indicado pelo Senador Carlos Viana, para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus (Covid-19) no município e região.

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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