Sexta-Feira, 11 de Abril de 2025

Brasil e Mundo

Atos antidemocráticos: Pacheco diz ao STF que não é possível abrir CPI

Publicados

em

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco , encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação contrária à abertura de uma CPI para investigar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília .

A petição foi apresentada pelo chefe do Senado na noite dessa segunda-feira (13), em uma mandado de segurança apresentado pela  senadora Soraya Thronicke (União Brasil) — no qual ela pede que sejam reconhecidas as assinaturas a favor da instalação da investigação.

Segundo o documento, assinado por advogados do Senado, “o requerimento foi apresentado na legislatura passada, e cuja interpretação será dada por deliberação da Presidência do Senado, do que resulta se tratar de ato interna corporis dessa Casa Legislativa, no uso de sua competência constitucional, não existindo direito líquido e certo à instalação imediata da CPI “.

“Embora a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito constitua um direito das minorias, na compreensão já consagrada do  STF e da doutrina constitucional, há limites formais que devem ser observados no exercício deste direito”, continua o documento.

Leia Também:  Resolução do Congresso será considerada em julgamento, diz Lewandowski

O texto afirma que há um requisito de natureza temporal para a instauração de uma CPI : “Para além de prazo certo e fato determinado, de número mínimo de assinaturas e de pertinência com a função desempenhada pela respectiva Casa Legislativa (que constitui limitação à invasão da seara própria de entes federativos diversos), há um requisito legal de natureza temporal ao funcionamento de uma CPI , que há de ser apreciado na deliberação do Presidente do Senado: o curso da mesma legislatura.”

Dessa forma, conforme o documento , “uma legislatura, em outras palavras, não pode cometer à legislatura seguinte o dever de criar ou de prosseguir em inquérito parlamentar. O Congresso Nacional que se instala a partir de 1º de fevereiro do primeiro ano de uma legislatura, reflexo da vontade popular manifestada pelos resultados das eleições gerais, não pode ser limitado pelas deliberações de natureza temporária da legislatura precedente”.

Leia Também:  Ibaneis Rocha chega à sede Polícia Federal prestar depoimento

Além disso,  Pacheco também diz que, para o requerimento ter validade, é necessário que as assinaturas sejam ratificadas: “A manifestação de vontade dos Senadores que exercem mandato na atual legislatura há de ser ratificada para a criação de uma CPI, a fim de permitir o eventual aproveitamento do requerimento que está sob deliberação da Presidência do Senado.”

Neste momento, conforme o texto, “não há possibilidade fática ou jurídica de que o requerimento que constitui o objeto da impetração possa ser lido, considerando o término da legislatura em que protocolado, do que resulta não haver direito líquido e certo da impetrante”.

A manifestação do chefe do Senado agora está com o ministro-relator do STF , Gilmar Mendes, para que ele analise e dê um parecer.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

Fonte: IG Política

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ARTIGOS

Operação Integridade apura corrupção eleitoral em Passos

Publicados

em

 

Na manhã desta quinta-feira, 9 de janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria Eleitoral de Passos e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO Regional de Passos), em parceria com a Polícia Militar, realizou a Operação Integridade. A ação busca investigar possíveis crimes relacionados à associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral irregular durante as eleições municipais de 2024.

Conforme apontam as investigações, uma candidata ao cargo de vereadora em Passos poderia ter se associado a outras sete pessoas para, supostamente, aliciar eleitores por meio de oferta de dinheiro em troca de votos. Também estão sendo apuradas possíveis práticas de boca de urna e fixação de material de campanha em veículos e residências.

Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Passos/MG e um em Ribeirão Preto/SP. Participaram das ações cinco promotores de Justiça e 28 policiais militares.

As investigações seguem em andamento para esclarecer os fatos e responsabilidades.

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  Lula relata conversa com Putin: 'Fortalecimento entre os países'
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA