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“Cúmplice da tragédia”, diz associação Yanomami sobre governador de RR

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Crianças Yanomami com desnutrição severa são atendidos por equipes do Ministério da Saúde
Condisi-YY/Divulgação – 21.01.2023

Crianças Yanomami com desnutrição severa são atendidos por equipes do Ministério da Saúde

A Hutukara Associação Yanomami , organização representativa do grupo indígena em Roroima , publicou uma nota com críticas ao governador do estado, Antonio Denarium , nesta segunda-feira (30). No documento, eles repudiam a fala de Denarium sobre os indígenas precisarem se “aculturar” . A entidade aponta-o como  “cúmplice da tragédia”  ao manter uma posição e visão colonizadora. 

“Enquanto o povo Yanomami vive uma das maiores crises de sua historia, que vem sendo denunciada nos últimos anos pela Hutukara Associação Yanomami, o governador Denaritim não só nega a realidade, como defende que os povos indígenas “têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”, diz a associação na nota.

“Facilitar a entrada de milhares de garimpeiros em nossas Terras Indígenas e desorganizar assistência à saúde básica são a consequência direta desta noção preconceituosa que o governador Denarium compartilha. Este tem sido cúmplice da tragédia, inclusive ao sancionar leis que inconstitucionais, tinham intenção de promover a atividade garimpeira e fragilizar a fiscalização da atividade em Terras Indígenas em Roraima”, completa.

A divulgação da nota ocorreu após uma entrevista de do governador ao jornal Folha de S.Paulo. Aos jornalistas, ele afirma que  a crise humanitária dos yanomamis é um problema de anos, além de dizer que não acredita ser possível vincular o garimpo à situaçãoatual dos indígenas e defender que esses devam se adaptar aos centros urbanos e “deixar o mato”. 

“Tenho 260 escolas em comunidades. Eles querem ser advogados, professores, médicos. Eu acho correto. Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho. Eles têm que estar lá com condição, com estrada, escola, posto de saúde, fazendo agricultura deles, produzindo macaxeira, farinha”, disse Denarium.

A Hutukara Associação classificaram as falas do governador como preconceituosas e discriminatórias para com os indígenas. Para o grupo, Denarium é “cúmplice” da situação por permitir garimpos ilegais na região.

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“É preciso repudiar com veemência a visão colonizadora sobre os povos indígenas do país que os reduz a animais, incapazes, ou qualquer subcategoria de sujeitos excluídos de direitos que devam se submeter aos modos de vida da cidade.”

Denarium, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que a crise Yanomami não é resultado do garimpo ilegal. Além disso, ele nega que os registros que mostram crianças e adultos doentes e desnutridos sejam reais.

“A Cufa [Central Única das Favelas] está entregando cestas de alimentos aqui. Você vê nas filas, nos vídeos que eles publicam, não tem nenhum desnutrido. Todo mundo bem arrumadinho, tudo certinho. O problema é localizado, não é generalizado”, disse.

Veja íntegra da nota Hutukara Associação Yanomami:  

“É com enorme indignação que lemos a entrevista do governador Antonio Denarium à Folha de São Paulo publicada no dia de hoje, 30 de janeiro 2023. Enquanto o povo Yanomami vive uma das maiores crises de sua historia, que vem sendo denunciada nos últimos anos pela Hutukara Associação Yanomami, o governador Denaritim não só nega a realidade, como defende que os povos indígenas “têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”.

“Falas desse tom denunciam o grau de discriminação e preconceitos a que o povo yanomami estão inumanos. Nossos modos de vida nos são negados como se fôssemos primitivos, incapazes, inumanos. Longe de limitar-se a discurso político, esse pensamento se refletiu em politicas de tendência genocida que foram implementadas sistematicamente nos últimos anos para inviabilizar a manutenção da vida dos Yanomami. Facilitar a entrada de milhares de garimpeiros em nossas Terras Indígenas e desorganizar assistência à saúde básica são a consequência direta desta noção preconceituosa que o governador Denarium compartilha. Este tem sido cúmplice da tragédia, inclusive ao sancionar leis que inconstitucionais, tinham intenção de promover a atividade garimpeira e fragilizar a fiscalização da atividade em Terras Indígenas em Roraima.

“É preciso repudiar com veemência a visão colonizadora sobre os povos indígenas do país que os reduz a animais, incapazes, ou qualquer subcategoria de sujeitos excluídos de direitos que devam se submeter aos modos de vida da cidade. Politicas assimilacionistas sobre os povos indígenas não são compatíveis com um Estado Democrático de Direito. Somos sujeitos plenos de direitos, e queremos viver bem com a floresta, como viviam nossos antigos como garante o Artigo 231 da Constituição Federal.

“O povo Yanomami é um dos mais populosos povos indígenas de recente contato no mundo, e detentores de grande conhecimento ancestral sobre a floresta onde vivem. É nosso direito viver na floresta viva segundo nossos costumes, com saúde e vida.”

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Fonte: IG Política

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Onde se planta compromisso, colhe-se respeito: Rone e Deybson fazem história em Bom Jesus da Penha com visita inédita de governador

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Dizem que quem é rei não perde a majestade. Mas se você deixa a vaidade falar mais alto e não ouve o povo, você perde o trono.”
Em Bom Jesus da Penha, a realeza é outra: é da humildade, da escuta, da boa semente. E no dia 24 de abril, um marco histórico germinou: pela primeira vez na história, um governador de Minas Gerais visitou o município. Romeu Zema (NOVO) não veio por acaso — veio porque aqui floresceu algo raro: uma gestão que cultiva a confiança e prepara o terreno para o futuro.

No solo fértil de Bom Jesus da Penha, nasceu uma liderança que não brotou de alianças antigas, nem de interesses envelhecidos. O prefeito,  Rone Lima (União Brasil) é como árvore de raiz firme: produtor rural, empresário respeitado, homem de família, agora é também o jardineiro de um novo tempo.
Ele entendeu que a cidade precisava de cuidado — como um pai cuida do filho. E assim, com a mesma mão que planta, ele governa: com dedicação, responsabilidade e amor.

Ao seu lado, Deybson (MDB), vice-prefeito,  é aquele que rega com sabedoria. Com mais de 30 anos de experiência na gestão pública, conhece cada canto da terra e tem o dom de ouvir. Sabe que para colher bons frutos, é preciso plantar com sensibilidade.
Deybson é esse parceiro técnico e humano que, com o tempo, se mostra essencial para o crescimento saudável dessa árvore chamada Bom Jesus da Penha.

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Romeu Zema (NOVO) esteve na cidade para acompanhar de perto o andamento das obras do futuro anel rodoviário. A obra, viabilizada por meio de um financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), não tem ligação direta com emendas parlamentares. Ela representa o esforço técnico e a articulação administrativa da gestão local para garantir mais infraestrutura e desenvolvimento à região. Em praça pública, o governador plantou duas mudas de jaracatiá, ao lado do prefeito, autoridades e do querido Tião Terra — símbolo de compromisso com as futuras gerações. Porque plantar árvore é mais do que um ato simbólico: é dizer “estamos pensando no amanhã.

E como em todo bom cultivo, é preciso ter quem cuide das folhas, quem vigie os galhos e quem proteja a sombra.
Sabrina Ribeiro (União Brasil), vice-presidente da Câmara, é esse cuidado: atua com serenidade, principalmente na saúde da mulher, fazendo germinar políticas públicas com coragem e sem vaidade.

Já a presidente da Câmara, Francielle Fisioterapeuta (MDB), é como aquelas raízes que nem sempre estão visíveis, mas sustentam a árvore toda. Fisioterapeuta, filha de produtores rurais, Francielle luta para mudar o modelo de saúde da cidade — onde antes só se remediava, ela quer prevenir, educar, transformar.
Sua luta é clara: chega de esperar a doença chegar. Países como Japão e Suécia já entenderam que esporte, alimentação e nutrição saudável evitam filas no SUS. Aqui, enquanto muitos se contentam em fazer cirurgia e aparecer na foto, Francielle quer que o povo nem precise de cirurgia. Ela planta conhecimento, colhe qualidade de vida.

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E mais: sua bandeira também finca-se firme na segurança pública e na valorização do produtor rural — a raiz mais profunda da nossa economia.

Também estiveram presentes o deputado estadual Rodrigo Lopes (União Brasil), aliado do município, e Alex Cavalcante Gonçalves, assessor do deputado federal Maurício do Vôlei (PL), reforçando que essa gestão já ecoa além dos limites do município, além de outros parlamentares do estado.  A política de Bom Jesus da Penha floresce diferente. Por lá, a colheita é resultado do cuidado com a raiz, do preparo do solo, da poda certa na hora certa.

Foto – Sabrina Ribeiro – Romeu Zema – Rone Lima e Deybson

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