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Guerra, Mercosul e Amazônia: A conversa entre Lula e Olaf Scholz

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Lula se encontrou com o chanceler alemão na tarde desta segunda-feira
Ricardo Stuckert/PR

Lula se encontrou com o chanceler alemão na tarde desta segunda-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, na tarde desta segunda-feira (30) no Palácio do Planalto para debater a relação entre os dois países. No encontro, os líderes debateram a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordos comerciais e a preservação da Amazônia.

No primeiro encontro com o presidente brasileiro, Scholz anunciou a retomada de investimentos ao Fundo Amazônia, que promete a preservação da floresta. Em primeiro momento, o país doará € 200 milhões Ele ainda ressaltou a importância do cuidado com as questões climáticas e pediu ação para coibir o desmatamento da região Amazônica.

“Temos assuntos estreitos, como mudança climática, manutenção da Floresta Amazônia e avanços da União Europeia e Mercosul. Queremos aumentar as parcerias ainda mais no futuro. No Brasil cabe o papel fundamental a preservação da Floresta Amazônica. É uma boa notícia para o Planeta que o presidente Lula esteja empenhado na luta da mudança climática”, disse.

“Quanto a ajuda ao desenvolvimento, esperamos avançar na proteção climática. Não cabe a nós dizer como Brasil deve agir, mas queremos ajudar o país atingir metas climáticas”, completou.

Ao ser questionado por jornalistas sobre o trabalho do governo para coibir o garimpo ilegal, Lula afirmou que as medidas já estão sendo tomadas e culpou o governo Bolsonaro pela crise humanitária.

“O estado brasileiro quando toma uma decisão, ela acontece. Já tiramos garimpeiros outras vezes. Vamos tomar todas as atitudes para acabar com o garimpo ilegal e tratar o Yanomami com respeito. Tivemos um governo que poderia ser tratado como um governo genocida, está cheio de discurso dele nesse sentido”, disse, em crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  

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“Pode demorar um pouco, mas que nós vamos tirar, nós vamos”, afirmou.

Guerra da Ucrânia

Lula e Scholz ainda conversaram sobre os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e as ajudas europeias ao presidente ucraniano, Volodymir Zelensky. O petista criticou a guerra e disse que não irá fornecer armas e munições brasileiras. Na visão de Lula, o fornecimento do material armamentista influencia no desenvolvimento da guerra.

“Não vamos doar munições. Essa guerra precisa acabar. É necessário sentar e negociar com os dois presidentes”, disse Lula.

“Importante para mim é enfatizar que não é uma questão europeia, mas o avanço das leis internacionais. Ninguém pode ultrapassar fronteiras de forma violenta. A soberania dos Estados é inviolável”, disse Olaf Scholz.

Lula ainda cobrou uma ação de Xi Jinping para segurar o avanço da Rússia no território ucraniano. O petista tem um encontro o líder chinês em março e pretende abordar o assunto.

O presidente brasileiro ainda pediu o voto da Alemanha para aumentar as chances do Brasil de participar do Conselho de Segurança da ONU. Ele ainda defendeu a criação de um órgão para debater o conflito.

“Queremos que Conselho de Segurança da ONU tenha mais força. Quando a ONU estiver mais forte, vamos evitar mais guerras. Falta negociação. Espero que até terminar o meu mandato, possamos estar no Conselho de Segurança da ONU”, declarou Lula.

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“Nós temos que criar um novo organismo […] para discutir o conflito Rússia-Ucrânia”, afirmou o petista.

Segundo ele, a organização deve seguir as formas do antigo G8, que tinha como objetivo debater assuntos sobre a estabilidade econômica mundial.

Acordo Mercosul e OCDE

Em encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou a entrada do Brasil e o fortalecimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Primeiro, o Brasil é um país que tem vocação de participar de organizações multilaterais. O Brasil tem interesse em participar da OCDE, mas queremos saber qual será o papel do Brasil na organização. Nós temos que discutir”, afirmou o presidente.

“Estamos dispostos a discutir outra vez e saber quais são as condições de uma entrada de um país do tamanho do Brasil na OCDE”, continuou.

Lula ainda garantiu que está próximo de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Ele pediu para que os dois blocos conversem e cedam para viabilizar a proposta.

“Eu queria dizer que quando eu era presidente entre 2007 e 2010, nós quase chegamos a concluir esse acordo. A divergência de um lado era do Brasil e Argentina que não queriam a limitação para reindustrialização e a segunda coisa era que os franceses fossem mais flexíveis em negociações”, afirmou.

“Estive nesta semana com o presidente da Argentina e vamos trabalhar de forma dura para concretizar esse acordo. Alguma coisa deverá mudar, vamos mostrar para o lado europeu que somos flexíveis e queremos ver o mesmo dos europeus”, ressaltou o petista.

Fonte: IG Política

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Fim da Carteira Nacional de Habilitação

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A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.

Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.

Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?

A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.

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Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.

Como a Validade da CNH Será Afetada?

O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.

Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.

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Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?

As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.

 

Fonte/ TerraBrasilNoticias

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