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Brasil e Mundo

Máscaras sobrepostas

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O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay
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O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay

No Brasil de hoje, parece que não conseguimos nos desvencilhar de certas amarras. É como se tivéssemos várias camadas de pele sobrepostas e, ao retirarmos uma, em frente ao espelho, nós nos pegássemos defrontando com sombras que insistem em nos acompanhar. O mal que os últimos anos de obscurantismo fizeram ao país marcou a ferro quente a alma do povo brasileiro. E as feridas insistem em se mostrar, horrendas, sibilinas, como chagas profundas.

Há uma intolerância que ocupou na sociedade o nosso famoso jeito tranquilo e afável. Ao que tudo indica, a máscara era mesmo essa certa fama de uma gente aberta, plural e que gostava de parecer gentil. Mas a verdadeira face é preconceituosa, agressiva e cultua o ódio. Com o passar dos tempos, e certo amadurecimento nas relações sociais, o natural seria que os preconceitos fossem sendo deixados de lado. Mas, ao que tudo indica, os quatro anos em que se investiu na barbárie deixaram cicatrizes profundas e afloraram um povo que se jacta de ser imensamente sectário. O orgulho de certas figuras, que ainda insistem no caos, é realmente de causar preocupação. Existe uma seita bolsonarista que acredita que a Terra é quadrada e que a palavra do seu líder vale mais do que a realidade.

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O que mais incomoda e assusta é que nem preciso apontar fatos atuais como sustentação para essa constatação. E o conjunto da obra nos envolve e nos sufoca. Uma realidade alternativa, na qual os prisioneiros de 8 de janeiro se sentem presos políticos e, mesmo tendo sido abandonados pelo mito, continuam em oração e em adoração permanente. E os órfãos de um golpe militar que, felizmente, foi frustrado ainda acreditam que os extraterrestres virão montados em seus cavalos brancos e, juntamente com alguns heróis helenianos, tomarão o Poder e implementarão um governo contra o comunismo, seja lá o que for isso. Contra o ridículo, não existe nenhum parâmetro de resistência.

O ministro Alexandre de Moraes relatou ser “assustador” e se mostrou surpreso com a alienação de algumas pessoas presas que até agora vivem em um mundo paralelo. Ou seja, por mais que estejamos fazendo o certo, que é combater o fascismo e o extremismo ideológico, inclusive com a valorização da política como única maneira de amadurecimento nas relações, existe um sectarismo burro, cego e que, com seu viés fascista, não nos permitirá nenhuma racionalidade. Vai nos restar o enfrentamento mais duro e direto ou, talvez, o exorcismo.

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Recorro-me ao meu amado Pessoa, na pessoa de Álvaro de Campos, no grande poema Tabacaria:

“Fiz de mim o que não soube, E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara.”

Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay

Fonte: Política Nacional

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Fim da Carteira Nacional de Habilitação

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A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.

Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.

Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?

A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.

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Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.

Como a Validade da CNH Será Afetada?

O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.

Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.

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Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?

As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.

 

Fonte/ TerraBrasilNoticias

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