Brasil e Mundo
PF investiga governo de Zema por autorizações para mineração irregular
A Polícia Federal investigada irregularidades no governo de Romeu Zema (Novo) na concessão e manutenção de autorizações a duas mineradoras que atuam na Serra do Curral , em Belo Horizonte .
Segundo um laudo da PF, as permissões que foram obtidas pelas mineradoras Gute Sicht e Fleurs Global para as operações no local deveriam ter seguido critérios mais rigorosos que os exigidos pelo governo para as empresas.
No laudo, a investigação aponta que a autorização recomendada indica a necessidade de “modalidades de licenciamento de maior relevância, com apresentação de todas as fases (licença prévia, licença de instalação e licença de operação), o que não ocorreu”.
A perícia também indaga a rapidez – em comparação com outras empresas – com que o processo que as mineradoras tiveram acesso as autorizações para iniciarem suas operações na região da Serra do Curral.
“Os tempos observados entre o requerimento de lavra e a concessão de lavra ou entre [protocolar o pedido para] a licença ambiental e a concessão de lavra, outorgada pela ANM [Agência Nacional de Mineração], foram menores do que aqueles observados para projetos similares, muito deste resultado alcançado em razão da inobservância das práticas ambientais consagradas no setor mineral”, diz o laudo da PF.
A Polícia Federal iniciou as investigações em 2020. Já o laudo técnico-científico, é de maio de 2022. Até o momento, a mineradora Gute Sicht acumulada R$ 6,5 milhões em multas ambientais aplicadas pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Apesar da Serra do Curral já estar em partes sob proteção ambiental, inclusive com a criação de parques, ainda há propriedades de mineradoras no local. As mineradoras Gute Sicht e Fleurs operam na região a partir de TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) fechados com o próprio estado.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou, em julho de 2022, a proibição da mineração em toda a Serra.
De acorco com a PF, os Termos de Ajustamento de Conduta que foram formados com as mineradoras não apresentam estudos ambientais específicos para áreas de relevância e sensibilidade dos componentes ambientais.
“Sendo assim, há necessidade de apresentação das medidas mitigadoras, reparatórias e compensatórias aos impactos a serem identificados nos estudos”, aponta o documento.
No domingo (13), o governo de Minas Gerais deu início a uma revisão de autorizações dadas a mineradoras. Há suspeitas de favorecimento às companhias por integrantes da gestão de Romeu Zema.
Também foram abertas investigações por integrantes do governo mineiro para tentar descobrir como as informações a respeito de irregularidades à imprensa.
Alexandre de Castro Leal, subsecretário de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, protocolou, inclusive, um boletim de ocorrência para apurar um suposto extravio de documento sigiloso.
O documento que chegou ao MP de Minas Gerais, apontava “irregularidades ambientais em empreendimentos e atividades no interior do perímetro de tombamento estadual” na região da Serra do Curral, “sendo a maioria destas de conhecimento do órgão regularizador”.
“Sugere-se que os concluídos com recomendação, quais sejam, indeferimento ou arquivamento, que seus processos sejam remetidos para a diretoria regional de fiscalização para ciência e providências cabíveis”, dizia o relatório.
No entanto, o documento não é tratado como sigiloso, tendo em vista que os relatórios de fiscalização com irregularidades já identificadas e com multas já aplicadas não se enquadram na classificação de reserva ou de sigilo e, portanto, deveriam estar no Portal da Transparência disponíveis para população.
O que diz a Semad (Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais)
A Semad afirma que o relatório “é um documento sob sigilo por ter sido produzido pela Diretoria de Inteligência e Ações Especiais, visando amparar outras ações de fiscalização, em eventuais novos desdobramentos”.
Ainda segundo o órgão, os processos de gerenciamento são conduzidos com responsabilidade.
“A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável esclarece que conduz a análise dos processos de licenciamento, assim como as demais atividades a ela inerentes, com extrema responsabilidade, buscando a melhor técnica e sempre com observância às normas vigentes e aplicáveis”, diz a nota.
“Os processos de licenciamento ambiental são sempre conduzidos com transparência e seguindo os ritos determinados pelas normas”, afirma o comunicado.
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Fonte: IG Política
Brasil e Mundo
Fim da Carteira Nacional de Habilitação
A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.
Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.
Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?
A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.
Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.
Como a Validade da CNH Será Afetada?
O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.
Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.
Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?
As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.
Fonte/ TerraBrasilNoticias