Brasil e Mundo
Quem é Rogério Marinho, candidato de Bolsonaro à presidência do Senado
A disputa pela presidência do Senado ganhará seu capítulo final nesta quarta-feira (1º), quando acontece a eleição para o comando do Congresso Nacional. Até lá, candidatos buscam apoios e esperam por ‘traições’ para aumentar a margem de votos.
Dois candidatos despontam como líderes na disputa: o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL-RN). Enquanto Pacheco tenta manter a hegemonia na Casa, Marinho é visto como opositor que pode atrapalhar reviver o bolsonarismo.
Rogério Marinho foi ministro do Desenvolvimento Regional na gestão de Jair Bolsonaro e um dos braços-direitos do ex-presidente. Antes trabalhou como empresário e economista.
A carreira política de Marinho começou em 2001, quando assumiu a cadeira de vereador em Natal (RN), após a saída de um parlamentar da Casa. Em 2004, foi eleito pela primeira vez a um cargo público e se manteve na Câmara de Natal.
Em 2006, foi eleito deputado federal pela primeira vez, voltando ao cargo em 2015. Antes, foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte.
Quando Bolsonaro assumiu à presidência da República, Marinho foi convidado a integrar a Secretaria Especial da Previdência e Trabalho. Ficou na pasta até fevereiro de 2020, quando assumiu o Ministério do Desenvolvimento Regional.
Rogério Marinho era visto por seus pares como um símbolo do bolsonarismo nos bastidores. Durante sua gestão na pasta, o ex-ministro teve divergências com Paulo Guedes devido à divisão do orçamento e pediu para que Bolsonaro intercedesse a seu favor.
Em 2022, se candidatou ao Senado pelo Rio Grande do Norte e venceu a disputa com 41,8% dos votos. É a primeira vez em que Marinho ocupa o cargo no Salão Azul.
Esperança do bolsonarismo
Se eleito, Rogério Marinho promete ser um forte opositor de interesses do Palácio do Planalto, embora diga querer a manutenção da paz entre o Executivo e o Legislativo. Entretanto, interlocutores acreditam que poderá haver interferências de Bolsonaro e seus aliados nas decisões do senador.
Marinho é visto internamente como a esperança de manter vivo o bolsonarismo no país. Tanto que a disputa pela presidência do Senado é considerada um ‘terceiro turno’ das eleições de 2022.
Em um jantar promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador agradeceu o apoio de partidos aliados, como Republicanos e Progressistas. Ele ainda ouviu Bolsonaro pedir votos e a garantia que sua política, ou seja, o bolsonarismo, será ‘imorrível’.
Para interlocutores, a perda de Marinho poderá decretar, em definitivo, o enfraquecimento do bolsonarismo, e abandono de aliados mais alinhados ao Centro. A derrota também pode colocar Jair Bolsonaro como segundo plano do PL, o que passou a ser estudo pela diretoria da legenda após os ataques de 8 de janeiro e as ‘férias’ do ex-presidente nos Estados Unidos.
Disputa pelo Senado
Rogério Marinho está atrás na disputa pela presidência do Senado e tenta articular nas próximas horas as ‘traições’ a Rodrigo Pacheco para reverter o quadro. Atualmente, o senador conta com apoio do próprio PL (14 senadores), Republicanos (3 senadores) e Progressistas (6 senadores).
Marinho conta com votos de dois parlamentares do PSDB e uma do MDB, o que aumentaria sua contagem para 26 votos.
Já Rodrigo Pacheco conta com uma bancada maior de apoios. Embora não tenha a confirmação oficial, o PSD, seu próprio partido, deve apoiá-lo na disputa. Além da legenda, o PT (9 senadores), o PDT (3 senadores), o PSB (1 senador), a Rede (1 senador) e o Cidadania (1 senador) devem apoiar o atual chefe do Congresso Nacional.
Pacheco ainda terá apoios do MDB (10 senadores) e União Brasil (10 senadores). Aliados acreditam que o pessedista deve ter entre 50 e 55 votos.
Os números, porém, são apenas uma teoria, já que o voto para a presidência do Senado é secreto. Enquanto Pacheco acredita que vencerá ainda no primeiro turno, Marinho acredita em ‘traições’ para levar a disputa pelo menos ao segundo turno.
Entre essas traições, por exemplo, está o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que deve votar em Marinho. Outro voto que deve ir para o senador bolsonarista é de Alan Rick (União-AC), um dos apoiadores mais ferrenhos do ex-presidente.
Entretanto, Rogério Marinho também deve sofrer com traições de aliados. O senador Romário (PL-RJ), por exemplo, se recusa a revelar o voto e tem ótima relação com Pacheco.
Fonte: IG Política
Brasil e Mundo
Fim da Carteira Nacional de Habilitação
A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.
Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.
Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?
A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.
Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.
Como a Validade da CNH Será Afetada?
O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.
Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.
Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?
As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.
Fonte/ TerraBrasilNoticias